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Análise

Gigante, Hora 1 combina tragédia com bom humor para acordar telespectador

Reprodução/TV Globo

Izabella Camargo e Monalisa Perrone se divertem na reestreia do Hora 1: bom humor às 4h12 - Reprodução/TV Globo

Izabella Camargo e Monalisa Perrone se divertem na reestreia do Hora 1: bom humor às 4h12

DANIEL CASTRO

Publicado em 13/8/2018 - 6h34

O noticiário policial e o bom humor deram o tom do primeiro Hora Um com duas horas de duração, que a Globo colocou no ar nesta segunda-feira (13). Para conquistar o telespectador que cada vez acorda mais cedo e faturar nas madrugadas, até pouco tempo mortas para a publicidade, a emissora agora inicia seu primeiro telejornal às 4h.

E como não é fácil despertar o telespectador sonolento, dos 12 primeiros minutos do "novo" Hora 1, oito foram dedicados a tragédias. A primeira reportagem foi uma reprise do Fantástico, sobre um adolescente morto ao reagir ao roubo de seu celular, em São Paulo. Depois vieram informações sobre duas pessoas baleadas no Rio e um casal morto em um acidente de carro provocado por um ladrão em fuga no Distrito Federal.

Dezessete minutos depois de entrar no ar, o Hora 1 voltou à tragédia, com um giro pelos acidentes de trânsito nas estradas do país. Sua segunda hora, das 5h às 6h, também começou com o estratégico mundo do crime. Houve tempo até para noticiar assassinato corriqueiro na distante Macapá, quase nunca lembrada pelos telejornais feitos no Sudeste.

Mas o novo Hora 1 não se resumiu a uma versão padrão Globo do Cidade Alerta capitaneada por três musos _a âncora Monalisa Perrone, a apresentadora do tempo Izabella Camargo e o apresentador de esportes, Tiago Oliveira, promovido após bom desempenho no telejornal durante a Copa do Mundo.

Houve um pequeno bloco para o noticiário político, fraco após um fim de semana de recesso em Brasília, outro para os assuntos internacionais e a participação ao vivo de dois correspondentes, Carlos Gil, estreando em Tóquio, e Rodrigo Alvarez, falando da Europa. Roberto Kovalick entrou com uma série de reportagens especiais feita exclusivamente para o telejornal.

Izabella Camargo apareceu quatro vezes para noticiar as condições climáticas. Pediu ajuda dos telespectadores para ocupar tanto espaço, enviando dúvidas sobre o tempo. O primeiro bloco de esportes durou 15 minutos e só tratou de futebol, uma eternidade para o telejornalismo.

Com mais tempo e pouca notícia, o Hora 1 ficou ainda mais conversado. Monalisa Perrone e Tiago Oliveira mostraram que têm química e habilidade para o improviso. Até Rodrigo Alvarez, que não é exatamente um exemplo de repórter "soltinho", pediu mais tempo para "conversar" com a divertida Monalisa.

O primeiro jornal do dia tem que tem humor, para levantar o astral de quem acabou de acordar, e essa é uma tônica desde 1º de dezembro de 2014, quando o H1 estreou. Para tanto, os apresentadores do telejornal não se importam em fazer piada de si mesmos. A hora em que acordam é um assunto recorrente.

"Não dormi", exagerou Monalisa no primeiro bloco de esportes, introduzido por um texto engraçado. A jornalista, agora, acorda uma hora mais cedo, às 23h30. "Na verdade dormi um pouquinho", se corrigiu.

A cor do "vestido lindo" da âncora era para combinar com o vermelho das altas temperaturas no mapa do tempo, segundo Izabella Camargo. E o economista Samy Dana reapareceu no telejornal para falar das valorizações das aplicações desde que o Hora 1 estreou. O dólar subiu 50% e a poupança, 28,9%. O H1, mostrava o gráfico na tela, "valorizou" 100%. Os intervalos de três minutos repletos de comerciais mostram que os anunciantes perceberam isso.

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