Gal Costa morreu sem ver filme com Sophie Charlotte: 'Ela me pedia várias vezes'

Na homenagem feita pelo Fantástico neste domingo (13), a cineasta Dandara Ferreira, responsável pela direção de Meu Nome É Gal, contou que a cantora Gal Costa (1945-2022) morreu sem ver o longa sobre sua história. "Fico até triste porque ela me pedia todos os dias para ver o filme, mas infelizmente ela não viu o filme que foi feito para ela", revelou a diretora.

A produção é estrelada por Sophie Charlotte, que também participou da grande reportagem da revista eletrônica da Globo. A atriz foi ao funeral da cantora e chorou por ela na última sexta-feira (11). "Ela conseguiu em cada gesto ser revolução no corpo. Um a um, cada pedaço do corpo dela se tornou símbolo", lembrou a artista.

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O filme teve origem em 2017 e tem estreia prevista para 2023. "Ser mulher, hoje, no Brasil se deve muito a Gal Costa. Agora é transformar esse momento de dor na celebração dessa existência gloriosa, sagrada, dessa mulher, uma luz que permanece", completou a intérprete.

Para detalhar a trajetória da artista, quatro jornalistas se dividiram para colher depoimentos e lembranças. Renata Ceribelli conversou com Maria Bethânia e Caetano Veloso e falou sobre o show Os Doces Bárbaros --apresentação onde tudo era protesto. "Era uma espécie de celebração", disse o músico.

Sophie Charlotte em entrevista do Fantástico

A intimidade de Gal Costa também foi retratada na entrevista com o filho dela, Gabriel Costa, de 17 anos. A música recente que ele mais gosta da mãe foi Cuidando de Longe, parceria da artista com Marília Mendonça, morta há um ano em um acidente aéreo.

"Não passava tanto tempo com ela. Devia ter aproveitado mais. Não gostava de ser visto como filho da Gal Gosta, mas tenho de me orgulhar. Tenho de chorar, secar tudo, sei que minha mãe está lá em cima olhando tudo. Nunca vou esquecer minha mãe, ela deixou um legado", declarou o jovem.

O programa mostrou as origens de Gal e trouxe à TV vários depoimentos de músicos, amigos e anônimos que participaram da biografia da mulher, cuja a voz emocionou gerações. "Voz ilimitada. Cantar é dizer, e Gal disse o tempo todo", resumiu Zélia Duncan, visivelmente emocionada.