NO DOMINGO ESPETACULAR
REPRODUÇÃO/RECORD
O músico Caçulinha durante entrevista ao Domingo Espetacular, da Record, no domingo (2)
REDAÇÃO
Publicado em 2/8/2020 - 23h35
Fora da televisão, Caçulinha confessa que ganhou menos dinheiro do que o público imagina durante a sua passagem pela Globo. Aos 80 anos, e 60 de carreira, o músico nega que tenha feito fortuna graças ao jingle que criou para uma instituição financeira, até então uma das maiores anunciantes do Domingão do Faustão. "Rico eu não fiquei", disse.
Ele afirma que boa parte dos créditos ficaram com Zé Rodrix, que lhe apresentou a primeira versão da música, longa demais para ser veiculada no programa. "Ele fez esse jingle, mas ficou comprido. Aí, quando ele chegou com isso, eu peguei e fiz curtinho. O que interessava era a assinatura [o nome da empresa]", explica o instrumentista em entrevista o Domingo Espetacular deste domingo (2).
Depois de 25 anos na atração dominical, ele deixou a emissora em 2014 e assegura que não ficaram rusgas com qualquer colega de trabalho, principalmente com Fausto Silva. "Continuo sendo amigo deles. Me pagaram direitinho, tudo o que eu tinha direito e o que não tinha. Eu, claro, gostaria de estar lá até hoje", afirma.
Por pertencer ao grupo de risco do novo coronavírus (Covid-19), o pianista está recluso em sua casa em São Paulo e estranha os rumores de que esteve gravemente doente nos últimos anos. "Graças a Deus estou bem. Está tudo tranquilo", pontuou.
Ele ainda relembrou a amizade com Elis Regina (1945-1982), com quem trabalhou no programa o Fino da Bossa, exibido pela Record entre 1965 e 1967. "Ela me ajudou demais na vida", emociona-se.
A cantora, no entanto, por pouco não causou a sua demissão ao exigir um aumento para a direção do canal paulista. "Ela disse que se não me dessem aumento, eu ia embora. Eles ficaram furiosos. Eu disse que não era nada disso, que não ia parar. Depois que isso passou, ela sempre dava risada ao contar essa história", arremata Caçulinha.
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