SHOW DA VIDA
REPRODUÇÃO/TV GLOBO
Tadeu Schmidt e Poliana Abritta em edição do Fantástico exibida em 2019: audiência em queda
VINÍCIUS ANDRADE
Publicado em 15/1/2020 - 5h40
Ainda o programa de maior audiência da televisão brasileira aos domingos, atrás apenas do futebol, o Fantástico perdeu quase metade de seu público desde 2000. É o que aponta um estudo obtido com exclusividade pelo Notícias da TV. No último ano do século 20, o programa marcava 34,3 pontos no Ibope da Grande São Paulo; já em 2019 esse número despencou para 19,3, uma queda de 43,7% em 20 anos.
Considerando a porcentagem de televisores ligados (share), o ano passado foi o pior da história do jornalístico que estreou em 1973: no horário do Fantástico, 29,7% da audiência sintonizou na Globo, bem menos do que os 49,2% de 2000.
O auge da atração neste século foi em 2003, quando era comandada por Pedro Bial e Gloria Maria. Naquele ano, o programa teve 36,3 pontos e atraiu 55,6% das TVs ligadas em média --esse share é semelhante ao que alcançam últimos capítulos de novelas das nove e finais de campeonato de futebol atualmente. Na comparação desse melhor momento do Fantástico com os números de 2019, o recuo foi de 47%.
Ao comparar os dados do início dos anos 2000 com os de agora, é necessário levar em consideração que a TV aberta perdeu parte de sua audiência em proporção de televisores ligados por causa da concorrência com a TV por assinatura, que se tornou mais acessível, principalmente em capitais como São Paulo e Rio de Janeiro.
Mas 2019 foi um ano ruim em termos de ibope para o Fantástico também no comparativo com temporadas mais recentes. Os 19,3 pontos de média só não são piores do que os anos de 2013 (19,2) e 2014 (19,0). Ou seja, o dominical teve o seu pior desempenho nos últimos cinco anos.
No PNT (Painel Nacional de Televisão), que mede as audiências nas 15 principais regiões metropolitanas do país, a atração comandada por Tadeu Schmidt e Poliana Abritta caiu de 21,8 pontos em 2018 para 19,4 de média no ano passado.
O ibope foi menor em 13 (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Salvador, Recife, Curitiba, Distrito Federal, Goiânia, Campinas, Belém, Vitória e Manaus) das 15 regiões que compõem o PNT. A maior queda foi no Distrito Federal: de 24,6 para 19,8. Apenas Fortaleza e Florianópolis ficaram de fora da redução.
Veja abaixo a média de audiência e o share (porcentagem de TVs ligadas) do Fantástico nos últimos 20 anos:
AUDIÊNCIA DO FANTÁSTICO (2000-2019)
ANO | AUDIÊNCIA | SHARE |
2000 | 34,3 | 49,2% |
2001 | 31,1 | 45,6% |
2002 | 32,6 | 48,1% |
2003 | 36,3 | 55,6% |
2004 | 35,8 | 54,9% |
2005 | 33,0 | 49,3% |
2006 | 31,7 | 47,3% |
2007 | 28,2 | 43,8% |
2008 | 26,3 | 40,2% |
2009 | 22,6 | 35,7% |
2010 | 22,1 | 35,4% |
2011 | 21,0 | 33,3% |
2012 | 19,7 | 33,6% |
2013 | 19,2 | 32,6% |
2014 | 19,0 | 31,3% |
2015 | 19,8 | 31,3% |
2016 | 20,1 | 30,0% |
2017 | 21,7 | 32,5% |
2018 | 21,4 | 32,4% |
2019 | 19,3 | 29,7% |
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