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Rafael Moreno

Ex-âncora leva susto ao saber que William Bonner tomou seu lugar na Globo

Divulgação/Rede Brasil

Rafael Moreno, ex-âncora da Bandeirantes, posa em cenário da Rede Brasil

Rafael Moreno, ex-âncora do Jornal da Noite na década de 1980, agora trabalha na Rede Brasil

ODARA GALLO

odara@noticiasdatv.com

Publicado em 27/9/2019 - 5h32
Atualizado em 28/9/2019 - 5h36

Imagine descobrir que o cargo de âncora do Jornal Nacional poderia ter sido seu, mas um golpe do destino colocou outra pessoa no lugar. Foi o que aconteceu com Rafael Moreno, o jornalista que se destacava na década de 1980 na Bandeirantes. Ele demorou quase 30 anos para descobrir que seria contratado por José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, mas William Bonner, que cobria sua folga, acabou ficando com a vaga. "O destino me pregou uma peça", lamenta.

"Eu não infartei por uma questão de boa circulação, porque se eu tivesse algum probleminha, tinha infartado", brinca Moreno, sobre a chance perdida de ir para a Globo, da qual ele ficou sabendo ao ler uma reportagem publicada pelo colunista Flávio Ricco, do UOL, no fim de 2015.

Em entrevista ao Programa Amaury Jr., da RedeTV!, em 2016, Boni explicou que recebeu uma indicação para prestar atenção em Rafael Moreno, já que procurava um apresentador para o SPTV. Pediu para que sua mulher, Lou Oliveira, assistisse ao jornalístico da Band. "Bonner era locutor da Rádio USP e arrumou um bico pra fazer minha folga. Chamaram ele, e ele foi", relembra Moreno.

Rafael Moreno no Jornal Bandeirantes em 1987

"Já tinham me falado do Rafael Moreno. Então mandei minha mulher assistir [à Bandeirantes] naquele horário. Ela disse: 'O cara é excelente!'. Depois vieram me falar que o cara que ela tinha gostado era o Bonner", contou o ex-executivo da Globo a Amaury.

O ex-âncora afirma que trabalhou durante 15 anos na Bandeirantes, passou por jornais locais da emissora e também pelo Jornal da Noite, mas nunca havia ouvido falar desse detalhe sobre a saída de Bonner, que dez anos depois passou a apresentar o Jornal Nacional, na Globo. "Não sei se ninguém soube ou se não quiseram me contar. A vida me pregou uma peça, mas tudo tem um lado ruim e um lado bom", pondera.

De volta à TV

Depois de oito anos afastado da área de Comunicação, Moreno está de volta à TV, mas seu trabalho não é em frente às câmeras --pelo menos por enquanto. No hiato da carreira televisiva, o jornalista atuou como leiloeiro rural.

"Fiquei esses oito anos afastado da Comunicação e não me senti nada bem", confessa. "Fui convidado pelo Ronan Santiago [diretor comercial da Rede Brasil] a fazer parte da equipe dele. Comecei há um mês. Estou muito feliz."

Apesar de atuar na área executiva, o jornalista de 67 anos nem tenta esconder que sente saudade de sentar novamente em uma bancada de telejornal.

"Estou voltando para a parte comercial, mas nada me impede [de ser âncora]. Eu me sinto apto a apresentar um jornal, estou aberto a qualquer possibilidade", prontifica-se. "Uma vez eu li que Deus só dá um talento pra cada pessoa, não dá dois. Eu acho que meu negócio é trabalhar com Comunicação", completa.

Moreno diz ainda que sempre conciliou o trabalho executivo com o Jornalismo, desde o começo de sua carreira. "Comecei em 1978, na Gazeta. Começaram também naquela época Galvão Bueno, Fausto Silva e Amaury Jr. Em 1980, fui convidado pelo então novo diretor de Jornalismo da TV Bandeirantes, Paulo Mário Mansur, para ser apresentador de telejornal", relembra.

Na mesma época, o jornalista foi trabalhar na VideoBan, distribuidora de vídeos e comerciais. "Durante o dia, ficava na VideoBan, e à noite, na TV. Durante 15 anos", conta Moreno, que também teve passagens pela Record e RedeTV!.


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