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EVOLUÇÃO

'Eu me achava o pior apresentador da TV brasileira', confessa Marcos Mion

DIVULGAÇÃO/RECORD

O apresentador Marcos Mion com jaqueta preta e olhar vago nos estúdios onde grava A Fazenda, da Record

Marcos Mion como apresentador de A Fazenda, na Record; ele já se considerou um péssimo profisisonal

FERNANDA LOPES

fernanda@noticiasdatv.com

Publicado em 8/12/2020 - 7h10

Atualmente, Marcos Mion está em alta: é bem-sucedido como apresentador de A Fazenda, na Record, já publicou livros e é garoto-propaganda de várias marcas. Mas nem sempre foi assim. O apresentador de 41 anos disse que, no início de sua carreira, apresentou um programa na MTV em que precisou de coragem para bancar uma postura transgressora e absurda.

"Eu pensava: 'Sou o pior apresentador da TV brasileira, tudo que eu faço é tosco, não sei o que estou fazendo aqui'", revelou Mion em relação ao estilo que criou enquanto apresentou o programa Piores Clipes do Mundo, entre 2000 e 2001. Ele deu este depoimento durante painel realizado na CCXP Worlds na última sexta (4), em que ex-VJs relembraram suas passagens pela MTV.

O Piores Clipes era um programa em que Mion analisava minuciosamente videoclipes do arquivo da MTV, zoando muito todos os detalhes possíveis. Ele diz que criou um personagem mais anárquico no programa e se lembra dessa época com carinho, mas tem certeza de que a atração não poderia existir atualmente.

"Eu queria quebrar todos os paradigmas, destruir todas as barreiras, seja quarta parede, seja uma ordem do que não pode falar, um artista que não podia cutucar, eu queria quebrar tudo isso. Aquele tipo de approach [abordagem], texto, programa, hoje em dia provavelmente estaria fora do ar", falou.

"Tenho muito orgulho [do que vivi], mas a gente tem que entender que a ignorância em relação ao respeito ao próximo, misoginia, transfobia, racismo, eram termos que naquela época eram muito pouco praticados. Falo isso de coração aberto, hoje é inaceitável. Na época, muitas vezes a gente trabalhava em cima da ignorância, e a gente tem que ter um olhar evolutivo. O Piores era uma coisa anarquista, foi muito bom, marcou minha vida. Mas eu vejo hoje [o programa] dentro de uma caixinha, a gente tem que evoluir com isso", afirmou.

Mion considera que a evolução pode ser vista em seu trabalho atual: para ele, o quadro Vale a Pena Ver Direito, em que analisa momentos de A Fazenda nos mesmos moldes do Piores Clipes, é uma forma melhorada do trabalho que fazia na MTV.

"Ao longo dos anos fui aprimorando a essência que hoje é o Vale a Pena Ver Direito. Esse sim é um formato que vai viver pra sempre. É um cara de 40 anos, entendendo o que é um humor do bem. Estava na hora de a gente parar de rir das pessoas e rir com as pessoas. Virou um humor muito saudável. É um quadro que vou fazer pelo resto da minha vida", prometeu o apresentador.

Ainda em relação à MTV do passado, que foi encerrada em 2013, Mion revelou que sonha em se tornar dono de todo o acervo antigo. Ele gostaria de digitalizar tudo, para que o público pudesse ter acesso e curtir a nostalgia.

"Eu queria muito comprar o acervo. Se eu fosse tipo Faustão, Luciano Huck, tinha comprado até o prédio [que servia como sede para a MTV]. Mas o acervo é algo que a gente tinha que ficar de olho, se conseguisse digitalizar... Pretendo ter ainda algumas movimentações. É nossa vida, está tudo lá. MTV é o único logo que eu cogito tatuar na minha vida", declarou Mion.


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