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FALAS DA VIDA

Empoderados, idosos quebram tabus em novo programa especial da Globo

FOTOS: JOÃO MIGUEL JUNIOR/TV GLOBO

A atriz Zezé Motta ergue os braços e olha para cima com um sorriso diante de vários cobogós laranjas no cenário de Falas da Vida, da Globo

Aos 77 anos, Zezé Motta dá voz aos novos dilemas terceira idade no especial Falas da Vida

REDAÇÃO

redacao@noticiasdatv.com

Publicado em 13/9/2021 - 15h04

O Brasil fica um pouco mais velho a cada ano, e os idosos já representam 18,9% da população. Não à toa, no especial Falas da Vida, a Globo dá voz a cinco representantes entre os mais de 40 milhões de pessoas acima dos 60 anos no país. O programa, que vai ao ar no dia 1º de outubro, pretende quebrar tabus e provar que a única coisa que envelheceu mal é o preconceito. 

A iniciativa faz parte do projeto identidade, que já levou ao ar homenagens a pessoas LGBTQIA+ (Falas do Orgulho), comunidade negra (Falas Negras) e povos originários (Falas da Terra). Aos 77 anos, a atriz Zezé Motta é responsável por costurar a história desses homens e mulheres em busca de um "retrato" sobre a terceira idade no país.

"Contaremos as histórias de vida e conquistas dessas pessoas. Todos são otimistas em relação à vida no presente. Queremos fazê-los entender, e o espectador também, o impacto que têm na vida das pessoas e que muitas vezes nem imaginam", explica a diretora artística Patrícia Carvalho.

A atração recorreu às estatísticas e aos dados oficiais do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) para aposentar de vez a imagem de vovôs e vovós de bengala e presos a cadeiras de balanço do século passado. Muitos brasileiros da terceira idade são aposentados que trabalham, geram renda e colocam comida dentro de casa.

"Vimos algumas histórias que se repetem bastante entre as pessoas idosas, como os que são arrimos da família e, além de cuidar dos netos, cuidam de outros idosos. Pessoas que precisavam trabalhar mesmo com a aposentadoria e que não imaginavam chegar tão bem à idade que têm", pontua Patrícia. 

Chicão, de 89 anos, no Falas da Vida

O especial também traz a história de pessoas como Chicão, de 89 anos, que vive em um ILPI (Instituição de Longa Permanência para Idosos). A ideia é desfazer estereótipos e mostrar que é possível criar novas conexões na terceira idade, como as famílias sem laço sanguíneo que são formadas nesses residenciais.

"No início da nossa pesquisa, achamos que um dos maiores medos das pessoas quando ainda são jovens é a solidão, ser abandonado. E não é necessariamente isso que acontece. Mostramos a realidade das pessoas idosas, mas também a resiliência e muita disposição para viver o presente. Não existe esse negócio de 'apesar da idade'", pontua a diretora.


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