Em sigilo, Globo dá pontapé inicial para remake de Xica da Silva no streaming

A Globo está preparando um novo remake para exibir no Globoplay em 2025: Xica da Silva, novela marcante da extinta TV Manchete (1983-1999) exibida originalmente em 1996. O projeto é tratado de forma sigilosa na emissora, que ainda está finalizando a compra dos direitos da história escrita por Walcyr Carrasco sob o pseudônimo Adamo Rangel, codinome que o autor usava porque era contratado do SBT na época.

Alguns profissionais de produção, caracterização e cenografia já foram consultados para participar do primeiro remake produzido para o Globoplay. Não há ainda sondagem para o elenco, mas o nome de Taís Araujo --que interpretou a protagonista que dá título à novela-- circula nos bastidores como um grande desejo da emissora.

PRODUÇÃO DO GLOBOPLAY

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A personagem Xica da Silva, anteriormente interpretada por Zezé Motta no cinema, foi a primeira protagonista de Taís.

A ideia é que o remake seja o maior lançamento da plataforma para 2025 para concorrer com Dona Beja, que estreará na HBO Max.

Procurada pelo Notícias da TV, a Globo respondeu por meio de sua assessoria de imprensa que "não tem nenhuma previsão sobre isso".

Neste ano, o Globoplay lançará a segunda temporada de Justiça, e em 2024 será a vez de Guerreiros do Sol. Até o momento, é com esta programação que Erick Brêtas, diretor do Globoplay, trabalha.

O executivo, aliás, queria exibir o original de Xica da Silva na plataforma, mas fez uma ressalva. "Adoraria. Difícil é desembaraçar os direitos", comentou ele em seu Twitter. Na época em que o Globoplay divulgou o lançamento das novelas mexicanas, Brêtas foi questionado sobre as tramas da extinta Manchete, incluindo o sucesso protagonizado por Taís Araujo.

De acordo com o site A TV Entre Nós, os direitos das obras da TV Manchete a partir de 1995 pertencem à empresa Bloch Som e Imagem, que é proprietária de Tocaia Grande (1995), Xica da Silva (1996), Mandacaru (1997) e Brida (1998).

Já as produções realizadas pela extinta emissora entre 1985 a 1994 pertencem à sua massa falida. Em 2021, as fitas desse período foram leiloadas e adquiridas por uma pessoa sem identificação por cerca de 500 mil reais.

O comprador arrematou a marca da TV Manchete por R$ 200 mil, além de um lote de novelas como Dona Beija (1985), Mania de Querer (1986), Novo Amor (1986), Carmem (1987), Corpo Santo (1987), Kananga do Japão" (1989) e Pantanal (1990) por R$ 240 mil e programas diversos por R$ 60 mil.

Por questões de direitos autorais, conexos ou de imagem, a obra fica inviabilizada de ser veiculada, e um remake acaba sendo uma solução mais fácil.