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FELIPE GARRAFFA

Em caçada a serial killer Lázaro, jornalista vive filme de terror de verdade

DIVULGAÇÃO/BAND

Imagem de Felipe Garraffa segurando microfone ao lado do cinegrafista Marcelo Clayton na cobertura do caso Lázaro

Felipe Garraffa e cinegrafista Marcelo Clayton na cobertura do caso Lázaro; jornalista vive filme de terror

Nos últimos dias, a caçada ao serial killer Lázaro Barbosa tornou-se um dos principais assuntos do noticiário nacional. Enquanto o foragido não é encontrado pelas autoridades, o repórter Felipe Garraffa, da Band, admite que passou a viver um "filme de terror" de verdade durante a cobertura do caso.

"É uma experiência única na vida de todos nós que estamos cobrindo esse serial killer. É um sentimento muito próprio, mas é um filme de terror com um dos melhores roteiristas que a gente poderia conhecer. Tem drama, a emoção dos familiares, problemas econômicos. A população fugiu daqui, todo mundo está indo embora, o comércio parou, os fazendeiros vêm só cuidar dos animais", conta Garraffa ao Notícias da TV.

Repórter da Band em São Paulo, o jornalista foi enviado pela emissora ao interior de Goiás, onde a polícia acredita que Lázaro esteja escondido. "Imaginava que, de fato, seria uma cobertura muito grande, mas só aqui a gente consegue ter a dimensão do tamanho que é essa caça, parece uma cena de filme", relata ele, que ainda está na região.

"A nossa equipe está andando com colete à prova de balas o tempo todo, ficamos tensos com a possibilidade de um novo ataque, mas a nossa maior ansiedade é que peguem o Lázaro. Sentimos os policiais tensos a todo momento, eles não passam informações. O que cabe aos policiais é encontrar o Lázaro, mas eles não encontram", destaca o repórter do Brasil Urgente.

Enfrentamos várias dificuldades, como a perda do sinal e do retorno [de [áudio] no ao vivo. Como estávamos no meio do mato, é algo compreensível, mas não estamos acostumados, sobretudo em uma cobertura dessas. É uma dificuldade imensa dirigir aqui, pois a visibilidade é baixa. Para conseguir imagens diferentes nas entradas ao vivo, é difícil se locomover nos locais. Imagina um cinegrafista com uma câmera de 13 quilos no braço andando em um solo totalmente irregular, é supercomplicado. Sentimos falta de informações, é um trabalho de checagem a todo momento, conversando com fazendeiros, andando no meio do mato, passando perto de rios e cachoeiras, que são possíveis locais onde o Lázaro passou, é uma aventura constante.

Com a tensão da caçada policial a Lázaro, que já dura mais de duas semanas, o jornalista e sua equipe presenciaram uma troca de tiros da polícia com o fugitivo. "Era impossível não ficar assustado ou sentir medo, mas a adrenalina e a tensão da reportagem nos coloca na frente. Vamos levar histórias desse filme de terror para a vida inteira, com rodovias bloqueadas, as pessoas com medo. Descobrimos aqui nessa cobertura que o medo tem voz", pontua.

"Aqui tem uma tensão muito grande, a todo momento falamos: 'Hoje vão pegar'. A gente não dorme, todo mundo fica ansioso, conversa no celular com fonte de madrugada para saber se ele foi pego. Viemos aqui para isso, assegurar a gravação da prisão do Lázaro, já pensou se estamos dormindo nessa hora? É uma tensão absurda mas, sem dúvida nenhuma, um dos desafios que vou levar para a vida inteira e um dos maiores", finaliza Garraffa.

Lázaro Barbosa segue foragido desde 9 de junho, quando invadiu uma chácara em Ceilândia (DF) e matou, com tiros e facadas, quatro pessoas. Em seguida, ele fugiu para Cocalzinho de Goiás (GO) e passou a se esconder na região. Desde então, o serial killer já entrou em outras residências e também trocou tiros com policiais.   

Confira reportagens de Felipe Garraffa sobre o caso:


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