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Jayme Monjardim em seu perfil no Instagram; diretor começou a trabalhar na Globo em 1984
Diretor de sucessos como Terra Nostra (1999) e O Clone (2001), Jayme Monjardim está de saída da Globo. Ele é o mais recente dispensado da nova política da emissora, que passou a fechar acordo por obra. O cineasta poderá voltar a trabalhar na casa, mas sem o vínculo de longa duração.
O fim do contrato foi confirmado por Monjardim à coluna Terraço Paulistano, da revista Veja São Paulo. "A decisão foi de ambas as partes", explicou o diretor, que começou a trabalhar na emissora em 1984.
O acordo vence no fim do mês. A partir do dia 1º, ele passa a trabalhar em sua produtora, a Putz. "A ideia é trabalhar esses projetos, seja para televisão, seja para streamings e cinema. O importante é continuar criando", disse ele.
Para a revista, ele adiantou que deseja desenvolver uma série sobre Pelé (1940-2022), um filme sobre Maria Bonita (1911-1938) e outro sobre o médico, seminarista e surfista Guido Schäffer (1974-2009).
As novelas que o formaram como profissional também seguem nos planos. "Era um grande sonho fazer Romaria, uma história que percorre todo o Brasil", explicou Monjardim, que já trabalhou em um folhetim itinerante quando fez A História de Ana Raio e Zé Trovão (1990).
Jayme Monjardim fez sua estreia como diretor da Globo na novela Amor com Amor se Paga (1984) --seu bom trabalho fez com que ele fosse escalado para corrigir os rumos de Partido Alto, no mesmo ano.
Ele também trabalhou, sob o comando de Paulo Ubiratan (1947-1998), em uma das novelas mais icônicas da história da dramaturgia nacional: Roque Santeiro (1985). A trama o credenciou para ser promovido à direção-geral, posto que ele assumiu em Sinhá Moça (1986).
No entanto, o diretor não passou quatro décadas ininterruptas na Globo: no fim dos anos 1980, ele migrou para a Manchete, onde dirigiu Kananga do Japão (1989), o fenômeno Pantanal (1990) e A História de Ana Raio e Zé Trovão. Depois, ainda fez A Idade da Loba (1995) na Band.
Em 1998, voltou à emissora da família Marinho para dirigir Chiquinha Gonzaga (1999) --com uma promoção à direção de núcleo. Ele comandou outras minisséries marcantes da Globo: Aquarela do Brasil (2000), A Casa das Sete Mulheres (2003) e Maysa - Quando Fala o Coração (2009), uma homenagem de Monjardim à sua mãe, a cantora Maysa Matarazzo (1936-1977)
Também foi responsável pelas novelas Terra Nostra, O Clone, América (2005), Páginas da Vida (2006), Viver a Vida (2009), A Vida da Gente (2011), Flor do Caribe (2013), Em Família (2014), Sete Vidas (2015) e Tempo de Amar (2017).
Seu último projeto na emissora foi Passaporte para a Liberdade (2021), uma ousada parceria da Globo com a Sony Pictures Television de olho no mercado internacional --a ponto de ela ter sido rodada em inglês e dublada para exibição no Globoplay e na própria TV aberta.
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