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HUMOR ÁCIDO

Dia das Crianças em South Park tem coronavírus, zoofilia e violência policial

Fotos: Reprodução/Comedy Central

De máscara, Butters é carregado por dois policiais em cena de South Park

Butters é arrancado do colégio pelos policiais professores em cena do especial de South Park

LUCIANO GUARALDO

luciano@noticiasdatv.com

Publicado em 12/10/2020 - 6h45

No Dia das Crianças, é uma boa ideia manter os pequenos bem longe da TV. Os meninos desbocados e iconoclastas de South Park serão a atração do canal Comedy Central nesta segunda (12), com um episódio especial que vai abordar o coronavírus. No controverso cardápio do capítulo estão zoofilia, maconha, síndrome do pânico e violência policial contra negros --temas nada infantis.

Exibida desde 1997, a animação para adultos já teve uma longa lista de polêmicas, desde uma referência censurada a Maomé a um casal formado por Saddam Hussein (1937-2006) e o próprio Satanás. Agora, com seu primeiro especial de uma hora, a atração aborda o tema do momento, a Covid-19.

No capítulo, o preguiçoso Eric Cartman é a única pessoa feliz com a pandemia, pois o isolamento social o livrou de frequentar a escola. Mas a decisão do governo de colocar os estudantes de volta nas salas de aula revolta o garoto, que fará de tudo para continuar trancado em casa.

Já o pai de Stan, Randy, descobre que pode ter sido o responsável por espalhar a doença --já que, em uma viagem que fez para a China acompanhado de Mickey Mouse, ele tinha se drogado, perdido o controle e transado com um morcego e com um pangolim, dois possíveis vetores para o vírus.

Desesperado para esconder seu passado da própria família, o comerciante de maconha decide ir às últimas consequências para que a verdade não venha à tona. Mesmo que isso signifique ejacular em todo pacote de droga que vende para seus clientes --parece nojento (e é mesmo), mas faz sentido no contexto do capítulo.

Mickey Mouse é um psicopata em South Park

As piadas não poupam nada nem ninguém. Na escola, professores que se recusam a voltar às aulas são substituídos por policiais. E o único aluno negro da classe, Token, se torna vítima dos novos tutores e é baleado, sem ter feito nada para virar alvo dos revólveres das autoridades.

O presidente Garrison, uma paródia de Donald Trump (com direito a topete e rosto alaranjado), se recusa a resolver a crise de saúde pois percebe que essa é a melhor maneira de se livrar dos mexicanos --mesmo que alguns norte-americanos tenham de morrer no processo.

As críticas ácidas atingem até a Disney, representada por um Mickey Mouse drogado, psicopata, com jeito de mafioso e capaz de qualquer coisa para manter seu lucro --uma brincadeira que, claro, tem um fundo de muita verdade.

O episódio especial mostra que, apesar de estar no ar há tanto tempo, South Park não perdeu a acidez nem o humor surreal que apresentou desde a sua estreia --aliás, desde antes dela, quando vídeos feitos pelos criadores Trey Parker e Matt Stone de forma amadora colocavam Jesus Cristo e Papai Noel para lutarem em um ringue de boxe.

No Comedy Central, o capítulo será exibido às 23h. Logo depois, o canal inicia uma maratona com dez episódios imperdíveis da animação. Confira o trailer:


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