De máscara, repórter de Manaus não consegue respirar ao vivo e faz apelo na TV

Lucas Conrado, repórter da TV Onda Digital, afiliada da TV Meio Norte em Manaus, disse que está com dificuldade para respirar no Amazonas por conta da densidade do ar. A World Air Quality Index, site norte-americano que acompanha os níveis de poluição, informou que as recentes queimadas na região fizeram com que o Estado atingisse o terceiro lugar entre os piores do mundo para se respirar. 

Nesta quinta (12), Conrado apareceu de máscara em uma chamada ao vivo e se revoltou. "Está perigoso respirar aqui na capital amazonense", lamentou ele. "Não é nem insalubre, está perigoso respirar aqui por conta dessa densa fumaça, por conta das queimadas", informou o jornalista.

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O Corpo de Bombeiros diz que foram mais de 1.900 focos de incêndio combatidos em apenas 48 horas, mas o repórter apontou que a realidade de quem vive em Manaus é outra. Desde quarta (11), os telejornais têm mostrado imagens impressionantes da fumaça que cobre cidades inteiras.

"Todos os dias nós estamos em situações como essa, com muita fumaça. As recomendações é que se use máscara e coloque uma bacia de água. A verdade é que os olhos ardem, é difícil de respirar porque o nariz arde, a garganta também", relatou.

Hoje parece pior que ontem, e a expectativa é de que piore ainda mais, porque mais focos de incêndio são registrados todos os dias. A verdade é que 119 agentes do Corpo de Bombeiros não são suficientes para combater esses incêndios.

"Os brigadistas não dão conta, até porque o Amazonas é um Estado continental. A grande parte da Europa Ocidental caberia aqui no Estado. Além do clima muito quente, ainda tem a fumaça, e as pessoas precisam estar sempre hidratadas, pois correm o risco de ter um colapso de saúde", concluiu.

Ao G1, o Superintendente do Ibama no Amazonas, Joel Araújo, disse que a onda de fumaça que encobre Manaus está vindo dos municípios do Careiro e Autazes. "Essa fumaça vem dessa região e é provocada pelo uso inadequado do fogo em áreas de agropecuária e que se estendem para áreas de vegetação", explicou o especialista.