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FILIPE GONÇALVES

Repórter da Globo segura o choro ao vivo após pedido inesperado: 'Vou até respirar'

REPRODUÇÃO/TV GLOBO

Repórter Filipe Gonçalves com microfone em mãos

Filipe Gonçalves no Bom Dia São Paulo; ele se emocionou ao falar de pessoas em situação de rua

REDAÇÃO

redacao@noticiasdatv.com

Publicado em 9/6/2023 - 7h56

O repórter Filipe Gonçalves foi surpreendido durante uma reportagem para o Bom Dia São Paulo na manhã desta sexta-feira (9). Antes de entrar no ar ao vivo para falar sobre a situação da população de rua no Estado, o jornalista foi abordado por duas mulheres e uma criança, que pediram ajuda pois haviam sido obrigadas a deixar o albergue que as abrigava. "Vou até respirar aqui", desabafou o profissional.

O repórter apareceu visivelmente abalado e ficou com a voz embargada ao explicar a situação para Sabina Simonato, que substitui Rodrigo Bocardi no jornal neste feriado.

"Minutos antes, veio uma mãe, aparentemente a mãe dela, [ou seja,] uma avó e uma criança, viram a luz da nossa câmera e vieram pedir ajuda", contou ele, bastante emocionado.

Elas estão na rua há cerca de uma semana, e não à toa viemos para cá, porque essa é uma região em que estamos ao lado da prefeitura, uma região que concentra grande parte da população de rua. Elas vieram para pedir ajuda. Disse: 'olha, sempre que vocês estão aqui, muitas vezes acontece alguma coisa de alguma ajuda para a gente'. Elas disseram que estavam em um albergue e tiveram que sair por más condições.

Filipe afirmou que essa situação que viveu acaba refletindo o aumento no número de pessoas em situação de rua na capital e demais cidades do Estado de São Paulo. "Nessa época do ano, as noites mais longas, o frio também crescendo. Quem é que sofre mais? Sempre são essas pessoas", lamentou o jornalista.

Sabina Simonato também lastimou a situação ao ver as imagens da população de rua. "Muito triste, é de cortar o coração", expôs a apresentadora. "Esse relato dessa avó com essa criança, citando a situação dos albergues, pontua a necessidade de medidas como melhorar a infraestrutura desse serviço de acolhimento, ampliar o número de servidores para essas atividades e ter uma melhor transparência dos relatórios de acompanhamento e prestação de contas do que é feito".

Mais tarde, o repórter voltou ao ar e mencionou novamente as mulheres que o abordaram. Filipe entrevistou uma delas, que desabafou sobre as duras condições em que estavam no albergue.

"É muito sujo, muito sujo. Minha menina pegou infecção, a gente pediu quatro vezes transferência. Foi o que me levou a vir para a rua. Minha menina ficou ruim, eu fiquei ruim também. O banheiro é muito sujo, não tem condições de ficar. É doloroso, é muito frio. Eles só querem dar pernoite, aí manda para longe, tem que vir com barraca para cá. Não tem como. A gente só quer colocar as crianças em um hotel social, que é mais limpo e nós mesmos temos como limpar", revelou ela, que não teve seu nome divulgado.

Sabina ficou impressionada com o depoimento. "Nossa, preferir ficar na rua, do que em um abrigo", concluiu ela, que também falou sobre ter pedido um posicionamento à prefeitura com relação às condições dos abrigos sociais.


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