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REPRESENTATIVIDADE

Daiane dos Santos desabafa sobre racismo no Faustão: 'Somos 56% da população'

REPRODUÇÃO/BAND

Daiane dos Santos no palco do Faustão da Band

Daiane dos Santos avalia preconceito racial em entrevista no Faustão na Band nesta quinta (30)

IGRAÍNNE MARQUES

Publicado em 30/6/2022 - 22h04

Daiane dos Santos fez um alerta no Faustão da Band desta quinta (30) ao desabafar sobre o racismo. A ex-ginasta destacou que, como pessoa pública, dá voz às pessoas que não são ouvidas e enxerga isso como uma responsabilidade. "Somos 56% da população brasileira", afirmou.

O assunto veio à tona quando a jornalista Anne Lottermann questionou a comentarista sobre as dificuldades enfrentadas ao longo da carreira. "É mais fácil ganhar uma medalha e dançar lindamente 'Brasileirinho', que é impossível a gente esquecer depois que vê a primeira vez, ou enfrentar o preconceito que você, como mulher, como negra, enfrentou muito ao longo da sua história?".

"Não dá para apagar tudo o que você passou, né?", continuou Fausto Silva. Daiane refletiu um pouco. "Acho que a gente tem duas situações muito diferentes. Uma situação muito prazerosa, onde a gente alcança o objetivo que a gente quer muito. E a outra é uma erva daninha que a gente quer abolir do mundo", definiu. 

"A gente está no mês de junho agora, o mês da diversidade, que fala muito do LGBTQIA+, e a gente também tem os casos do preconceito racial, que a gente tem visto que vem numa onda crescente, muito grande --mas a gente tem ainda aquela situação de impunidade", destacou.

Daiane lembrou que o tema do preconceito tem aparecido com mais frequência, e que isso leva muita gente a se pronunciar. "As pessoas têm falado muito, não têm se calado, e a gente vai conseguir reverter, sim, esse quadro", avaliou ela.

Maioria da população

Daiane lembrou que a população negra é atualmente maior que a branca no país. "A gente com certeza vai conseguir acabar [com o preconceito], até porque a gente é 56%, quase 60% de pessoas negras, de pessoas pretas aqui e a gente ainda tem casos como esse acontecendo na história", refletiu. 

Faustão fez um adendo na sequência. "E 70% delas em uma situação bastante caótica em termos profissionais também", refletiu.

Ao assistir a um vídeo de si mesma no tablado enquanto ainda competia, Daiane lembrou que ter alguém como ela no esporte também serve de incentivo:

Acho que é tão bom a gente poder representar. Tudo o que a gente faz na nossa vida, a gente não está só pela gente. Nós estamos por muitas outras pessoas, então cada resultado, cada resposta que a gente dá é para todas as outras pessoas que infelizmente não são tão ouvidas quanto nós.

"[Nós] temos às vezes um momento ali de muitas pessoas poderem levar à sério o que a gente está falando", completou, referindo-se em especial às pessoas públicas que, assim como ela, destacam a representatividade. 


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