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DIREITO DE RESPOSTA

Condenada, Record News transmite programas sobre religiões de origem africana

Reprodução/Facebook

Mãe Carmen de Oxum dá depoimento em programa sobre religiões de matriz africana na Record News - Reprodução/Facebook

Mãe Carmen de Oxum dá depoimento em programa sobre religiões de matriz africana na Record News

GISELE ALQUAS

Publicado em 9/7/2019 - 16h59

Condenada em abril de 2018 pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região de São Paulo por veicular agressões a religiões de origem africana, a Record News passa a exibir a partir da madrugada desta quarta (10) quatro programas de direito de resposta, com duração de 20 minutos cada. Após acordo judicial, a Record não será obrigada a transmiti-los também.

A ação, de autoria do Ministério Público Federal junto ao Itecab (Instituto Nacional de Tradição e Cultura Afrobrasileira) e ao Ceert (Centro de Estudos das Relações de Trabalho e da Desigualdade), refere-se aos ataques às religiões de matriz africana realizados em 2004 no programa Mistérios e no quadro Sessão de Descarrego, ambos ligados à Igreja Universal do Reino de Deus.

O primeiro programa A Voz das Religiões Afro será exibido nesta quarta, às 2h30. Os outros três serão transmitidos, no mesmo horário, nos dias 16, 23 e 30 de julho. Eles também serão reprisados nos meses de agosto e setembro.

Em sua página no Facebook, o Colégio de Umbanda Sagrada Pena Branca de São Paulo comemorou o resultado.

"Dezesseis anos de luta! Esse horário foi usado para nos atingir, e eles conseguiram espalhar tanto ódio contra o povo das religiões afrobrasileiras. Então conseguiremos ecoar também... Serão quatro programas para mostrar que religiões afrobbrasileiras merecem respeito. Todos merecem!", postou o grupo em suas redes sociais.

De acordo com a ação do MPF, os programas da Igreja Universal promoveram a "demonização das religiões de matriz africana, valendo-se de diversas agressões a seus símbolos e ritos". Depois de recorrer e perder, a Record e a Record News firmaram acordo em janeiro deste ano, encerrando o embate judicial.

Além da Record ser liberada da exibição, a duração dos programas também foi reduzida: antes, eles deveriam ter uma hora cada.

Procurada pelo Notícias da TV, a Record não se posicionou sobre a condenação na Justiça e/ou sobre a exibição dos programas sobre religiões de matriz africana até a conclusão deste texto.

Antes mesmo de passar na TV, a atração foi disponibilizada no YouTube. Confira:

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