Com novelas e BBB19 em crise, Globo tem o pior começo de ano da história

Em um momento ruim para suas quatro novelas inéditas e com a edição mais fraca do Big Brother Brasil, a Globo fechou março com um resultado preocupante. No horário nobre, das 18h à meia-noite, a emissora teve o pior primeiro trimestre de sua história. A Record, por sua vez, galgou o espaço cedido pela rival e assumiu a vice-liderança, deixando o SBT para trás.

No PNT (Painel Nacional de Televisão), que considera números das 15 maiores regiões metropolitanas do país, a Globo fechou os três primeiros meses de 2019 com 21,5 pontos no horário nobre.

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São quase cinco pontos a menos do que ela havia registrado no mesmo período de 2018: na época, com Malhação - Viva a Diferença, Tempo de Amar, Deus Salve o Rei e o fenômeno O Outro Lado do Paraíso, a emissora teve média de 26,2 pontos.

Até então, o pior desempenho da Globo no horário nobre no primeiro trimestre do ano tinha ocorrido em 2014. Naquele período, foram exibidas as novelas Joia Rara, Além do Horizonte, a reta final de Amor à Vida e o início de Em Família.

Há dez anos, com Negócio da China/Paraíso, Três Irmãs e A Favorita/Caminho das Índias, a situação era bem mais favorável para a emissora: ela tinha média de 27,6 pontos no horário nobre -isso porque as novelas das seis e das sete passaram longe de serem fenômenos de audiência na época.

Quem mais lucrou com o público em fuga da Globo foi a Record. Com o Cidade Alerta em alta, a emissora de Edir Macedo cresceu mais de dois pontos do primeiro trimestre de 2018 para o deste ano: no ano passado, a média do horário nobre foi de 7,1 pontos no PNT. Em 2019, subiu para 9,3.

O SBT também cresceu, mas menos: de 7,9 pontos em 2018 para 8,3 até março deste ano. Com isso, acabou superado pela rival na disputa pela vice-liderança.

Na média do dia, período que vai das 7h à meia-noite, os resultados são similares: a Globo caiu (de 16,9 para 15,2); o SBT cresceu pouco (de 6,4 para 6,5); e a Record disparou e assumiu a segunda colocação (de 6,3 para 7,3). Nessa faixa, a favorita dos anunciantes, a líder de audiência teve seu pior desempenho desde 2014.