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CARTOON E HBO MAX

Com influência japonesa, animação Ninjin leva brasilidade para o mundo

Divulgação/Cartoon Network

Ninjin exibe sua espada flamejante, enquanto é filmado por Akai. Flink flutua no ar

O coelho Ninjin (à dir.) exibe sua espada para os amigos, a raposa Akai e o sapo Flink

LUCIANO GUARALDO

luciano@noticiasdatv.com

Publicado em 9/7/2021 - 12h40

Inspirada no game Clash of Carrots, a animação Ninjin poderia ser facilmente um desenho japonês. Afinal, conta a história de um personagem que deseja se tornar um mestre ninja, seguindo os passos de seus antepassados, enquanto enfrenta as malignas forças do Shogun Moe. Mas a produção é nacional e tem levado a brasilidade para o mundo --nesta sexta (9), a atração lança novos episódios no Cartoon Network e fica disponível no catálogo da HBO Max.

"Ninjin tem essa influência asiática porque eu sou viciado em anime estranho, então dei um pouco dessa linguagem (risos). Mas quem assiste logo percebe que, por trás dessa mistureba toda, desse caldeirão de influências, o Ninjin tem uma brasilidade que é só dele", conta Roger Keesse, criador, roteirista e viabilizador da animação, ao Notícias da TV.

Keesse tem experiência em adaptar projetos conhecidos para a TV: ele também está por trás dos roteiros de Turma da Mônica Jovem, eleita a melhor série de animação da TV paga no Grande Prêmio do Cinema Brasileiro. Com Ninjin, porém, o trabalho foi diferente: ele atuou com a equipe do estúdio Pocket Trap já na época de desenvolvimento do game e ajudou a construir a história do jogo e da animação ao mesmo tempo.

Roger Keesse, roteirista (Foto: Arquivo pessoal)

"Foi ótimo, porque partimos de uma folha em branco e pudemos criar em conjunto. Eu e o pessoal da Pocket abrimos um leque maluco de histórias, já bolamos uns 100 anos no passado e mais uns 100 no futuro de desenvolvimento", lembra o escritor.

Ninjin é um coelho falastrão e egocêntrico, que inicia sua jornada para se tornar um mestre ninja ao lado de dois amigos: a raposa Akai, frenética e sempre em busca de novas aventuras, e o preguiçoso sapo Flint, dotado de poderes mágicos. Para treiná-los, aparece o amalucado Sensei.

Bem-humorada, a animação pega alguns clichês das histórias de ninja e os vira do avesso. "Uma coisa que a gente sempre brinca é que o Ninjin se vende como o protagonista ideal de um desenho animado, mas não é. Ele é um fã dessas histórias, de tudo que a gente é fã também, de elementos da cultura pop. Tudo isso forma o caráter do Ninjin", ressalta Keesse.

Por ser tão excêntrica e brincar com o formato da jornada do herói, a animação vai divertir tanto crianças quanto seus pais. Mas o roteirista brinca que seu desejo é inspirar um grupo específico. "A gente diz que quer virar o desenho animado favorito de uma turma bem restrita, mas que vai carregar o Ninjin com ela para sempre."

Expectativa no streaming

Depois de lançar uma temporada bem-sucedida no Cartoon, Ninjin estreia nesta sexta-feira, às 19h, o primeiro episódio de um novo arco. Os capítulos seguintes serão exibidos toda segunda-feira, às 17h45. Mas a temporada chega completa à HBO Max --o que causa ansiedade no seu criador.

A gente não sabe ainda se é o mesmo público. O Cartoon é um lugar que a gente já conhece e gosta. A equipe já entende como as crianças se relacionam com o Cartoon, mas não faz ideia de como é com a HBO Max, não tem como saber se a recepção vai ser igual. Então causa ansiedade, expectativa e curiosidade. Mas ansiedade acho que é a palavra-chave (risos).

"O streaming e o linear têm formas diferentes, a história pode ser entendida de outra maneira. A gente já tem a referência de como o Ninjin performou no linear em 2019 [com a primeira temporada], vai ser interessante até para a gente do Cartoon essa imersão no streaming", valoriza Marina Filipe, gerente sênior de produções originais da WarnerMedia para crianças e famílias.

Como a história de Ninjin não é episódica --ou seja, a trama apresenta um arco de vários capítulos, em vez de começar e acabar em cada episódio--, a possibilidade de maratonar no streaming pode alterar a percepção do público.

"A gente tem a oportunidade de colocar uma progressão clara, o que já dita como vai ser cada episódio, onde aquece um pouco a trama. Nos primeiros capítulos, a gente plantou coisas pro segundo arco, que já planta pro terceiro e pro quarto. É quase um feng shui. A gente nunca retrocede a tensão dramática. E o Ninjin já é intenso naturalmente, então vai ficando cada mais hiperbólico", define Keesse.

Confira algumas aventuras de Ninjin feitas para o YouTube do Cartoon Network:


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