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LUTO

Cinegrafista que processou Faustão, Gaúcho morre por complicações de Covid-19

REPRODUÇÃO/TV GLOBO

Ivalino Raimundo da Silva, o Gaúcho, no palco do Domingão do Faustão

Ivalino Raimundo da Silva, o Gaúcho, foi cinegrafista do Domingão do Faustão até 1996

REDAÇÃO

redacao@noticiasdatv.com

Publicado em 4/1/2021 - 19h52

Cinegrafista com passagens por TV Rio, TV Tupi e Globo, Ivalino Raimundo da Silva morreu aos 81 anos, após sofrer complicações em decorrência da Covid-19. O operador de câmera, apelidado de Gaúcho por ser natural do Rio Grande do Sul, ficou famoso na década de 1990, quando virou alvo de brincadeiras de Fausto Silva durante o Domingão do Faustão. As piadas fizeram com que o profissional entrasse com um processo contra emissora e apresentador.

Gaúcho sofria da doença de Parkinson há 24 anos. Na véspera de Natal, ele foi internado no Hospital Geral do Ingá, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, após apresentar problemas pulmonares. Morreu quatro dias depois, em 28 de dezembro, depois de duas paradas cardíacas.

A informação foi confirmada por Ruth Gomes Pereira, viúva do cinegrafista, para a revista Quem nesta segunda-feira (4). "A grande dúvida é sobre como ele pegou Covid. Porque seguíamos todos os protocolos, o uso de máscara, álcool gel, isolamento... Ele foi para o hospital porque apresentou um problema no pulmão. Lá, o primeiro teste deu negativo, já o segundo positivou. Aí o problema pulmonar se agravou", explicou ela.

O ex-cinegrafista deixa quatro filhos, quatro netos e um bisneto. "Nós estávamos juntos há 31 anos. Ele era viúvo, e os quatro filhos dele me adotaram como mãe. Antes de ele ficar acamado, nós viajávamos, saíamos muito", disse Ruth.

Gaúcho, que trabalhou no Domingão entre 1989 e 1996, ficou conhecido pela postura calada e sisuda durante as brincadeiras feitas por Fausto Silva ao vivo com a sua equipe. "Gaúcho do armário", "mais antigo câmera da América Latina" e "galã de velório" eram algumas das maneiras que o apresentador se referia ao colega de trabalho, que não sorria.

Em 1995, Ivalino Raimundo abriu um processo contra a Globo e o comandante do Domingão do Faustão, em que pediu uma indenização de R$ 1 milhão. Ele alegou que sua imagem era explorada indevidamente. O caso foi parar no STF (Supremo Tribunal Federal), que acatou o pedido do cinegrafista em 2004.

Gaúcho trabalhou com nomes como Abelardo Barbosa (1917-1988), o Chacrinha, e passou por todas as emissoras de TV do Rio de Janeiro. Desde 1996, quando deixou a Globo, passou a tratar da doença de Parkinson. Segundo a viúva, ele tinha uma boa relação com Faustão, mas não gostava de aparecer.

"Ele [Gaúcho] era uma pessoa doce e alegre. Mas criou aquele personagem para o Faustão porque não queria uma interferência, ele era tímido, queria ficar quieto. E o Faustão cresceu na brincadeira. A relação deles era boa. O Gaúcho só não tolerava aparecer", disse ela.

Veja abaixo um vídeo dele no Domingão do Faustão:


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