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CONCORRÊNCIA DA WEB

Cine Band Privé quer provar que filme pornô ainda faz sucesso na TV aberta

DIVULGAÇÃO/TRINACRA FILMS

Sylvia Kristel e Umberto Orsini em uma das cenas quentes de Adeus Emmanuelle, filme de 1977 - DIVULGAÇÃO/TRINACRA FILMS

Sylvia Kristel e Umberto Orsini em uma das cenas quentes de Adeus Emmanuelle, filme de 1977

VINÍCIUS ANDRADE

Publicado em 2/8/2019 - 5h16

Quando o Cine Privé atingiu o seu auge na Band, nos anos 2000, a emissora não tinha o concorrente de peso que se popularizou anos depois: os sites pornográficos. Na década passada, o mercado do erotismo era explorado com a oferta de filmes em videolocadoras e a venda de revistas com ensaios sensuais. Mesmo com esse tipo conteúdo agora disponível na palma da mão, a sessão erótica espera repetir o sucesso do passado.

A sessão de longas, que voltará a ser exibida em 24 de agosto, foi ao ar pela última vez em 2012. Naquele ano, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 40% dos domícilios no Brasil tinham acesso à internet. Cinco anos depois, data da pesquisa mais recente, o índice saltou para mais de 80%.

O que isso tem a ver com o erotismo na TV? Segundo um levantamento divulgado pela Microsoft em junho deste ano, 50% dos adultos com acesso à internet consomem pornografia online ao redor do mundo.

Em outro estudo, da agência We Are Social e da plataforma Hootsuite, o Brasil aparece como o segundo país do mundo a passar mais tempo na rede, com média diária de nove horas e 29 minutos de uso da internet. Cerca de 150 milhões de brasileiros são usuários ativos da web.

A quantidade de sites com a oferta de vídeos gratuitos de sexo é incalculável. O mais acessado no mundo é o Pornhub, que teve 33,5 bilhões de visitas em 2018, com 962 pesquisas por segundo. O endereço só tem menos cliques do que plataformas de busca, redes sociais e sites de compra. A página funciona como um YouTube erótico, com um acervo de mais 10 milhões de clipes de sexo ou sensuais.

O sucesso do Cine Band Privé

A sessão de filmes eróticos surgiu muito antes de a internet entrar para a rotina do brasileiro. Começou a ser exibida na Band em 1993, quando as produções iam ao ar nas madrugadas de sexta para sábado com o nome de Sexta Sexy. Dois anos depois, virou Cine Band Privé e passou a ocupar as madrugadas de sábado para domingo.

O auge veio nos anos 2000. Segundo levantamento da emissora, o Cine Privé chegou a dar picos de nove pontos, com média de seis pontos. Naquela época, o programa ocupava a vice-líderança no Ibope da Grande São Paulo e, em algumas ocasiões, alcançou o primeiro lugar. Em 18 de setembro de 2004, por exemplo, a sessão erótica bateu o Altas Horas e o Corujão na Globo: 4,9 x 4,7 pontos.

A Folha de S.Paulo publicou, em 21 de julho de 2006, no caderno Ilustrada: "Band põe seis Maracanãs para ver 'pornô light' na madrugada". No texto, o jornal informava que a edição mais recente da faixa erótica havia alcançado uma audiência de 700 mil telespectadores somente na Grande SP, com quatro pontos no Ibope. Foi o quinto programa mais visto da emissora naquela semana.

O Cine Band Privé foi ao ar regularmente até dezembro de 2010, mas entre janeiro e fevereiro de 2012 voltou para a grade, já sem o sucesso de outrora. Marcava dois pontos de média, bem atrás da líder Globo e do vice-líder SBT, e ficava com uma audiência equivalente à programação religiosa da Record.

O retorno está agendado para o próximo dia 24, à 1h15 da madrugada de sábado para domingo. Atualmente, a Band mostra o Cinema na Madrugada nesse horário, com produções de drama, comédia, romance e gêneros mais comuns. O Ibope na Grande São Paulo não passa de um ponto de média.

O primeiro filme do novo Cine Privé ainda não foi definido, mas o estilo será o mesmo do passado, com o erotismo do pornô light. São cenas de sexo não explícito, com apenas algumas partes nuas dos corpos das atrizes à mostra. Um clássico desse gênero é a saga Emmanuelle, lançada em 1974 com protagonismo da francesa Sylvia Kristel (1952-2012).

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