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CAPACITISMO

Bonner é criticado por fala preconceituosa e se retrata ao vivo no Jornal Nacional

REPRODUÇÃO/TV GLOBO

Foto de William Bonner no Jornal Nacional

William Bonner no Jornal nacional desta terça (8); jornalista foi criticado por capacitismo

DANIEL FARAD

vilela@noticiasdatv.com

Publicado em 8/11/2022 - 21h07
Atualizado em 8/11/2022 - 22h26

William Bonner pediu desculpas no Jornal Nacional desta terça (8) por um erro durante a cobertura do segundo turno da eleição presidencial. O jornalista afirmou que "por ignorância" utilizou a palavra esquizofrenia de forma pejorativa. Ele também assumiu que uma reportagem sobre o distúrbio era uma forma de redimir.

"Alguns dias atrás, no domingo do segundo turno da eleição, eu, por ignorância, usei a palavra esquizofrenia como se fosse sinônimo para uma explicação confusa que eu tentei fazer", iniciou o jornalista.

"Felizmente, eu fui alertado para o erro. Essa reportagem é uma forma de me retratar pelo meu erro pessoal e também a nossa maneira de ajudar a combater a falta de informação", acrescentou ele.

Bonner fez a intervenção ao fim de uma matéria de Graziela Azevedo sobre pessoas que convivem com a esquizofrenia. A doença afeta mais de 150 mil brasileiros, reduzindo a capacidade de pensar, sentir e se comportar com clareza. Ela não tem cura.

Apesar das críticas, a iniciativa do âncora foi elogiada nas redes sociais. “Muito importante essa retratação do Bonner a pessoas com esquizofrenia. Vemos centenas de pessoas usando deficiências e condições mentais para definir o comportamento de bolsonaristas. Isso não é crítica política, piada, menos ativismo. Isso é capacitismo, psicofobia”, escreve a ativista Zennandra Fernandez.

Veja:

O que William Bonner disse?

Bonner acabou se confundindo e anunciou que o DataFolha havia projetado mais um governador eleito durante o segundo turno em 30 de outubro. Ele foi criticado pela forma que pediu desculpas pela falha à Renata Lo Prete, que comandava um telão interativo durante a cobertura.

“Não é que minha esquizofrenia tenha chegado a esse ponto. Me disseram uma coisa no ponto [eletrônico], que tínhamos uma informação nova”, disse.

A declaração foi criticada por reforçar esteriótipos negativos sobre pessoas que convivem com algum distúrbio mental. Esse tipo de preconceito é chamado de capacitismo.


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