CAPACITISMO
REPRODUÇÃO/TV GLOBO
William Bonner no Jornal nacional desta terça (8); jornalista foi criticado por capacitismo
William Bonner pediu desculpas no Jornal Nacional desta terça (8) por um erro durante a cobertura do segundo turno da eleição presidencial. O jornalista afirmou que "por ignorância" utilizou a palavra esquizofrenia de forma pejorativa. Ele também assumiu que uma reportagem sobre o distúrbio era uma forma de redimir.
"Alguns dias atrás, no domingo do segundo turno da eleição, eu, por ignorância, usei a palavra esquizofrenia como se fosse sinônimo para uma explicação confusa que eu tentei fazer", iniciou o jornalista.
"Felizmente, eu fui alertado para o erro. Essa reportagem é uma forma de me retratar pelo meu erro pessoal e também a nossa maneira de ajudar a combater a falta de informação", acrescentou ele.
Bonner fez a intervenção ao fim de uma matéria de Graziela Azevedo sobre pessoas que convivem com a esquizofrenia. A doença afeta mais de 150 mil brasileiros, reduzindo a capacidade de pensar, sentir e se comportar com clareza. Ela não tem cura.
Apesar das críticas, a iniciativa do âncora foi elogiada nas redes sociais. “Muito importante essa retratação do Bonner a pessoas com esquizofrenia. Vemos centenas de pessoas usando deficiências e condições mentais para definir o comportamento de bolsonaristas. Isso não é crítica política, piada, menos ativismo. Isso é capacitismo, psicofobia”, escreve a ativista Zennandra Fernandez.
Veja:
ATENÇÃO: William Bonner se corrigiu com a forma errada do significado da palavra esquizofrenia e ótimo se retratar #JN#JornalNacionalpic.twitter.com/jSjU8Bsnwd
— Allan (@limalblue) November 8, 2022
Bonner acabou se confundindo e anunciou que o DataFolha havia projetado mais um governador eleito durante o segundo turno em 30 de outubro. Ele foi criticado pela forma que pediu desculpas pela falha à Renata Lo Prete, que comandava um telão interativo durante a cobertura.
“Não é que minha esquizofrenia tenha chegado a esse ponto. Me disseram uma coisa no ponto [eletrônico], que tínhamos uma informação nova”, disse.
A declaração foi criticada por reforçar esteriótipos negativos sobre pessoas que convivem com algum distúrbio mental. Esse tipo de preconceito é chamado de capacitismo.
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