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VÍDEO ESTÁ NO AR

Band paga indenização de R$ 20 mil a enfermeira por erro no Brasil Urgente

REPRODUÇÃO/BAND

José Luiz Datena no Brasil Urgente, da Band

José Luiz Datena no Brasil Urgente: telejornal da Band citou nome errado de enfermeira

IVES FERRO E LI LACERDA

ives@noticiasdatv.com

Publicado em 18/7/2022 - 6h45

A Band foi condenada pela Justiça a desembolsar R$ 20 mil de indenização por danos morais à enfermeira Liliana Maria Neves da Silva, que teve o nome veiculado de forma equivocada em uma reportagem do Brasil Urgente, apresentado por José Luiz Datena. Na ocasião, o repórter Agostinho Teixeira afirmou que a mulher era a responsável por orientar funcionários a continuarem trabalhando na Refinaria Presidente Bernardes de Cubatão mesmo após contraírem Covid-19.

Notícias da TV teve acesso à decisão do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, que negou o recurso da Band. A mulher não estava mais empregada na refinaria em 5 de junho de 2020, quando a reportagem foi ao ar. Liliana deixou a empresa em 31 de maio daquele mesmo ano por não concordar com a baixa qualidade de atendimento a que o trabalho se propunha.

No posto de enfermeira, sua atividade era encaminhar funcionários que haviam testado positivo para Covid-19 para uma outra médica, chamada por ela de "doutora Gabriela". O processo indica que o repórter tinha ciência de que a médica era a responsável pelo laudo dos trabalhadores, mas referiu-se a ela como Liliana. Isso aconteceu porque a enfermeira era quem assinava os laudos laboratoriais.

"O nome da autora [Liliana] foi mencionado apenas duas vezes, uma quando citado o exame do laboratórios, momento em que Agostinho Teixeira se referiu a ela como 'essa médica que aparece aí como a responsável por esse laudo'; e outra quando indagado se 'essa médica, Liliana Maria Neves da Silva, é funcionária do laboratório'", diz um trecho do documento.

A notícia foi divulgada sem qualquer verificação quanto à sua veracidade. No vídeo divulgado, o jornalista apresentou resultado de teste para Covid-19 afirmando ser um laudo emitido pela médica Liliana Maria Neves da Silva, portanto, divulgado o nome da autora como se médica fosse.

A reportagem procurou Liliana, que não respondeu até a publicação deste texto. Já Gabriela não foi localizada. Procurada pelo Notícias da TV, a Band informou que não comenta processos judiciais. A emissora ainda não deletou o trecho da reportagem, de cinco minutos e 38 segundos, disponível no YouTube.

A Petrobras, responsável pela Refinaria Presidente Bernardes de Cubatão, afirmou que não procedem as declarações da Liliana. "A Petrobras, no desenvolvimento de suas atividades, realiza a contratação de prestação de serviços e não interfere nas relações entre as empresas contratadas, seus trabalhadores e sindicatos", alega o comunicado.


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