Deborah Evelyn revela pavor de predador sexual como o de A Dona do Pedaço

Deborah Evelyn fica arrepiada só de lembrar as cenas em que Cássia (Mel Maia) foi assediada por um pedófilo em A Dona do Pedaço. Afinal, a atriz revela que um de seus principais pavores durante a adolescência da filha, Luíza Carvalho, hoje com 26 anos, é que ela também fosse abordada por um predador sexual como Lauro (Ricardo Monastero). 

"Muitas vezes nem os adultos têm essa capacidade de discernir se alguém está mentindo ou não na internet, se é realmente quem diz ser. Quanto mais um adolescente. Como mãe de menina, esse sempre foi um medo", confessa a artista sobre a herdeira, fruto de seu casamento com o diretor Dennis Carvalho. 

Ela acredita que o diálogo é o único caminho possível para os pais evitarem cenas como as que serão exibidas nesta quinta-feira (7), em que a personagem de Mel Maia se coloca em risco para se vingar de seu assediador. 

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Na sequência, a filha de Agno (Malvino Salvador) chegará a usar uma de suas amigas como isca para colocar o maníaco atrás das grades. A situação sairá do controle e terminará em um banho de sangue. Ao descobrir a emboscada, Lauro fará Merlin (Cadu Libonati) de refém e só libertará o rapaz após levar um tiro de Leandro (Guilherme Leicam).

"Proibir não adianta, até aguça mais a curiosidade, aí é que eles vão atrás mesmo. Até pelo computador, celular de um colega. Sempre conversei muito como a minha filha, não como uma amiga, mas como mãe. A gente precisa estar presente", pondera a atriz de 53 anos.

Jogo aberto

A intérprete de Lyris ainda conta que sempre preferiu abrir o jogo com Luíza. "Não só sobre sexualidade, mas também sobre um perigo muito presente na época dela, a anorexia. Durante a preparação de uma novela, descobri que tinham sites que ensinavam as meninas a serem anoréxicas sem os pais perceberem", relembra.

O papel em questão era a Anna, de Páginas da Vida (2006), uma mulher obcecada por dietas e que obrigava a filha Giselle (Pérola Faria) a emagrecer. Às escondidas, a menina se empanturrava com doces e os vomitava em seguida, cheia de culpa. Acabou desenvolvendo uma bulimia no decorrer da história.

Segundo a atriz, o papel dos folhetins é justamente fazer esses alertas. "O Walcyr Carrasco, por exemplo, toca em coisas muito importantes, de maneira que não é chata. É importante falar sobre, mostrar o que pode acontecer, porque a partir desse lugar a gente começa a refletir", arremata Deborah.

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