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Análise

Maior atriz do jornalismo, Sandra Annenberg opina até com o pescoço

Reprodução/TV Globo

Sandra Annenberg no Jornal Hoje do dia 14, após os atentados, em que só sorriu para colegas - Reprodução/TV Globo

Sandra Annenberg no Jornal Hoje do dia 14, após os atentados, em que só sorriu para colegas

DANIEL CASTRO

Publicado em 23/11/2015 - 5h30

Antes de virar apresentadora da previsão do tempo na Globo, em 1991, Sandra Annenberg, 47 anos, foi atriz. Atuou no humorístico Bronco (Band, 1987), na novela Cortina de Vidro (SBT, 1989) e na minissérie A, E, I, O... Urca (Globo, 1990). Talvez por isso ela seja a jornalista que mais interpreta ao dar uma notícia. Sandra vai além da sobriedade ao dar uma notícia ruim ou do sorriso ao introduzir uma dica de roteiro turístico para o final de semana. Ela imprime uma variação de emoções muito maior, usa cada músculo de seu rosto para interpretar a notícia. E opina sem falar. Como diz uma professora de jornalismo da Faculdade Cásper Líbero, de São Paulo, Sandra emite opinião até com o pescoço.

Os atentados terroristas a Paris no último dia 13 deixaram evidente esse talento de Sandra Annenberg. No Jornal Hoje daquela sexta-feira, horas antes dos ataques do Estado Islâmico, a jornalista surgiu em sua versão normal. Na escalada, a introdução com as manchetes do dia, franziu a testa, levantou as sobrancelhas e arregalou os olhos ao informar que os bombeiros encontraram uma fissura na barragem que se rompeu em Marina (MG). Como que reprovando a barbeiragem que causou o desastre ambiental, fez um leve movimento com a cabeça para o lado esquerdo do vídeo.

Sandra Annenberg arregala os olhos ao noticiar tragédia ambiental em Mariana (MG)

No dia seguinte, pós ataques em Paris, Sandra apareceu quase em luto. Balançou a cabeça em reprovação, indignada, duas vezes durante escalada: ao dizer que os terroristas "abriram fogo" em uma casa de shows e ao informar que a França decretou luto e amanheceu sem transporte público. Foi solene até para falar dos treinos do Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1. Usou em um tom de voz baixo ao anunciar que voltaria no bloco seguinte com os preparativos da corrida. Só deu um leve sorriso ao apresentar Maria Júlia Coutinho, a Maju, para falar do tempo, e ao chamar Kleber Machado, que estava no autódromo de Interlagos.

Antes de encerrar a edição ao som de Imagine, de John Lennon, sentenciou: "Todos nós estamos em choque". E se despediu triste, sem sorrir nem desejar um bom final de semana para o telespectador, com a cabeça baixa, como se estivesse em uma prece pelas vítimas.

Durante a semana passada, Sandra manteve o clima de luto. Na sexta (20), ainda não tinha recuperado a alegria que costuma expressar ao introduzir assuntos amenos. Foi econômica, com um sorrisinho de canto de boca, ao anunciar o quadro Tô de Folga, sobre uma praia de naturismo em João Pessoa (PB). Ao se despedir, pelo menos, desejou um "ótimo final de semana" e convidou a audiência para prestigir o Como Será? da manhã seguinte.

No (bom) programa matinal que apresenta aos sábados, gravado antes dos atentados, Sandra estava no "modo empolgada", colocando tudo para cima. Até trocou juras de amor com o marido, Ernesto Paglia, enviado ao Caribe para uma reportagem sobre mergulho. Os fãs de novelas esperam um beijo nos próximos capítulos. 


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