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TATIANA TIBURCIO

Atriz de Terra e Paixão faz Maria Beltrão chorar ao vivo na Globo: 'Eu vi uma mãe'

REPRODUÇÃO/TV GLOBO

Maria Beltrão chora neste sábado (25) do É de Casa

Maria Beltrão chora neste sábado (25) do É de Casa; jornalista entrevistou Tatiana Tiburcio

ODARA GALLO

odara@noticiasdatv.com

Publicado em 25/11/2023 - 11h46

Maria Beltrão foi às lágrimas diante de Tatiana Tiburcio no É de Casa deste sábado (25). A jornalista se emocionou ao relembrar o papel icônico que a atriz de Terra e Paixão interpretou em 2020, no especial Falas Negras. Na ocasião, ela deu vida a Mirtes Renata, mãe de Miguel Otávio, o garoto que morreu ao cair do nono andar de um prédio de luxo em Recife (PE).

No programa especial da Globo, Tatiana fez um monólogo com o relato do dia da morte do garoto. O caso real aconteceu em junho de 2020, quando a empregada doméstica Mirtes deixou o filho aos cuidados de Sarí Corte Real, patroa dela na época. A mulher deixou o garoto circular sozinho pelo prédio, o que resultou no acidente. Sarí foi condenada por abandono de incapaz, mas responde o processo em liberdade.

"Entre várias coberturas jornalísticas, teve uma, que foi a morte de uma criança de seis anos, do Miguel, que me marcou muito. Foi uma criança que caiu de um prédio no Recife. Ele tava com a patroa da mãe dele e... Enfim... Foi uma coisa horrorosa, uma das coisas que mais me marcaram em cobertura jornalística. Lembro que eu fiquei sem dormir muito tempo à essa época", contou Maria, emocionada.

"Aí, no Falas Negras, Tatiana dá vida dá vida a essa mãe, a Mirtes, em 2020, e eu fiquei emocionada que, em dado momento, na sua interpretação, eu esqueci que você era atriz, tanto que você foi premiada por esse papel... Porque ali eu vi a mãe", contou.

A jornalista chamou um vídeo com o trecho da cena de Tatiana no programa Falas Negras, e ambas voltaram a cair em lágrimas. "Eu me vi como mãe do Miguel", declarou a atriz.

reprodução/tv globo

Tatiana Tiburcio

Tatiana Tiburcio no É de Casa

"É claro que toda mãe entende que dor é essa. Mas existe um lugar de compreensão, de uma camada diferente na dor de essas mães que são negras, que têm que ir pro trabalho, levar seus filhos muitas vezes, como eu muitas vezes fiquei em casa sozinha, pequena, pra minha mãe poder trabalhar, cuidando do filho do outro", explicou Tatiana.

"Tem um lugar ali que faz que a gente se conecte de tal maneira que todas essas crianças são um pouco nossas também. Porque a gente sabe o que levou Miguelzinho a estar nessa situação. É uma dor que em nenhum momento eu pensei que fosse João, meu filho, mas quando eu fiquei sabendo o que aconteceu eu vi Miguel como se fosse meu. Era minha carne. Porque foi o racismo que assassinou Miguel", concluiu.


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