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VERBA PUBLICITÁRIA

Antes de ser demitido por Bolsonaro, chefe da Petrobras teria peitado Record e SBT

REPRODUÇÃO/TV BRASIL e FABIO RODRIGUES POZZEBOM/AGÊNCIA BRASIL

Montagem de fotos com Jair Bolsonaro e Roberto Castello Branco, da Petrobras

Jair Bolsonaro e o atual presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, estão com a relação ruim

REDAÇÃO

redacao@noticiasdatv.com

Publicado em 22/2/2021 - 14h21

Roberto Castello Branco, que foi demitido por Jair Bolsonaro da presidência da Petrobras na última sexta-feira (19), teria se recusado a investir R$ 100 milhões da empresa em publicidade para Record e SBT. Essa atitude seria um dos motivos para o desgaste da relação do executivo com o político. As informações são do colunista Merval Pereira, do jornal O Globo; o ministro das Comunicações, Fábio Faria, desmentiu o jornalista.

"Castello Branco havia recusado um pedido do governo para colocar R$ 100 milhões em publicidade nas redes de televisão Record, do bispo Macedo, e SBT, de Silvio Santos", escreveu Pereira, que também comenta nos telejornais da GloboNews.

O texto do jornalista foi publicado na noite de domingo (21), com o título "Conselheiros da Petrobras resistem a mudanças". Na manhã desta segunda (22), Fábio Faria, ministro das Comunicações e genro de Silvio Santos, alegou que o Governo Federal adota critérios técnicos para fazer investimentos em publicidade.

"Merval, quem te passou essa informação mente. E você mente, por consequência. Desde que assumi, todas as campanhas são distribuídas com base no market share [cota de mercado] e descontos, conforme orientações do TCU (Tribunal de Contas da União), e todas as emissoras participam, inclusive a sua [Grupo Globo]. Sua nota é caluniosa e maldosa", respondeu Faria.

Veja o tuíte abaixo:

O Notícias da TV entrou em contato com Record, SBT e com o Palácio do Planalto sobre a informação do pedido de investimento em publicidade, mas não obteve respostas até o fechamento deste texto.

Investimento da Petrobras em publicidade

De acordo com dados do Portal da Transparência, a Petrobras investiu R$ 73,1 milhões em publicidade no ano passado e outros R$ 73,8 milhões em 2019, primeiro ano de Jair Bolsonaro como presidente. Em 2020, R$ 52,7 milhões foram destinados apenas para a TV aberta, um acréscimo de R$ 3,9 milhões na comparação com o ano anterior.

Em 2015, a empresa nacional disponibilizou R$ 259,3 milhões em publicidade, sendo que R$ 161,5 milhões foram fatiados para redes de TV aberta; em 2018, o gasto total com propaganda da empresa foi de R$ 122,2 milhões --com R$ 64,3 milhões investidos nas emissoras.

A Petrobras é uma "empresa estatal de economia mista", que tem o capital aberto, porém seu acionista majoritário é o Governo Federal. Por isso, as decisões precisam ser aprovadas pelo Conselho de Administração e, assim como outros órgãos públicos, a distribuição da verba de publicidade deve obedecer critérios técnicos.

A crise entre Jair Bolsonaro e o comando da empresa se intensificou depois do anúncio de reajustes nos preços do diesel e da gasolina. Na noite da última sexta, o político comunicou a indicação do general Joaquim Silva e Luna para a presidência da Petrobras. No entanto, essa escolha precisa ser aprovada pelo Conselho de Administração da Petrobras; o mandato de Castello Branco acaba em 20 de março.


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