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Reprodução
Crianças em frente à TV; é possível melhorar a imagem do televisor usando apenas o controle remoto
EDUARDO BONJOCH
Publicado em 26/9/2014 - 13h01
Atualizado em 27/9/2014 - 16h14
É possível melhorar a imagem do seu televisor sem pagar nada. Para isso, você só precisa gastar um pouco de tempo para descobrir as funções do aparelho. O segredo está nos ajustes, que se escondem no menu da TV e muitas vezes passam despercebidos pelo consumidor. Em geral, pequenas mudanças no contraste, brilho, nitidez, cor, matiz e na luz de fundo podem melhorar a qualidade de imagem da TV, deixando a imagem mais natural. E isso levando em conta as características de cada ambiente e o seu gosto pessoal.
“Com um ajuste mais criterioso aplicado a um sinal digital de alta definição, o consumidor pode melhorar a qualidade de imagem da TV em até 10%”, afirma Paulo Sérgio Correia, que presta consultoria na área de vídeo há 35 anos. Segundo ele, os melhores resultados são obtidos com o uso dos chamados “discos de calibragem”, utilizados por especialistas.
Mesmo assim, é possível ter resultados surpreendentes apenas com alguns ajustes simples, feitos com o bom e velho controle remoto. Confira várias dicas a seguir.
Imagem na loja é diferente
Para chamar a atenção do consumidor, as TVs em exposição nas lojas são ajustadas com níveis exagerados de brilho, contraste e cor. É o chamado “modo loja”, que deixa as imagens bem mais vivas e brilhantes, sendo ideal para locais públicos com muita luz.
Embora funcione nos shoppings e grandes magazines, por exemplo, esse ajuste não irá satisfazer o consumidor em casa. As situações são muito diferentes. Na residência, a iluminação costuma ser mais controlada e o telespectador quase sempre fica mais perto da tela. Nesse caso, a melhor solução é desativar o “modo loja”. Caso contrário, a imagem poderá ficar agressiva e até artificial demais.
Menu de ajustes de imagem de televisor
Brilho e contraste: sempre juntos
O controle de brilho determina a intensidade de preto na imagem, mas é o contraste que garante a correta visualização de todos os detalhes e variações de tons (cinza, cinza claro) nas cenas escuras dos filmes. Como as duas especificações caminham juntas, o ideal é manter o brilho próximo dos 50% e o contraste mais elevado, de 70% a 90%.
Para fazer os ajustes com precisão, selecione uma cena escura de um filme ou seriado. Em seguida, aumente e diminua o brilho até encontrar o ponto em que o cabelo da atriz, por exemplo, não se confunda com o fundo noturno da imagem. Esta é a regulagem ideal.
Ao aumentar muito o brilho, você compromete o contraste e a parte preta da imagem perde profundidade e se torna cinza. Por outro lado, a falta de brilho escurece demais a imagem e o telespectador pode perder detalhes importantes da cena.
Encontrar o equilíbrio de contraste também requer paciência. Quando está baixo, as imagens perdem vida, porque não é possível identificar muitas variações de tons entre o preto e o branco. E, quando passa do ponto, as imagens mais claras parecem borradas.
Cor, nitidez e matiz sem exagero
Nos três casos, a qualidade geral da imagem fica mais equilibrada quando esses ajustes estão em torno de 50%. Grandes variações podem gerar borrões ou até comprometer a fidelidade das cores e deixar as imagens “lavadas”.
Fique atento ao tom de pele, que deve ser ligeiramente rosado, natural, com os contornos suaves. Excessos não são bem-vindos, porque deixarão a imagem artificial e distante da realidade.
Luz de fundo
Define a intensidade adotada na iluminação traseira das TVs de LED. Neste caso, o ajuste ideal muda de acordo com as características de cada ambiente.
Em áreas com bom controle de luminosidade, como a sala de TV, o usuário pode baixar a luz de fundo, deixando a imagem mais suave. No living ou em outros espaços mais iluminados, a dica é manter esse ajuste próximo ao máximo.
Pré-ajustes: dá para confiar?
Quem não quer ter trabalho pode recorrer aos ajustes pré-configurados de fábrica. Presentes em TVs de qualquer marca, essas opções costumam ser úteis em situações específicas. É o caso do modo “game” ou “dinâmico” para jogar, que deixa as cores mais vibrantes e saturadas; ou do modo “filme”, que ajusta a imagem levando em conta as características de uma escura sala de cinema.
Em geral, o modo “padrão” (os nomes podem variar de acordo com o fabricante) é o único que costuma se adaptar a variadas atrações e fontes de imagem. Mesmo assim, sua eficiência muda de acordo com a marca e o nível de exigência de cada consumidor. Na dúvida, o melhor mesmo é fazer o ajuste manual, fazendo pequenas alterações quando necessário.
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