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DAVID CHOE

Treta: Netflix é criticada por silêncio em caso de estupro de ator

Divulgação/Netflix

David Choe em cena da série Treta, hit da Netflix

David Choe em cena de Treta, da Netflix; ator admitiu ter estuprado mulher em entrevista antiga

REDAÇÃO

redacao@noticiasdatv.com

Publicado em 18/4/2023 - 12h50

A Netflix está sendo criticada nas redes sociais pelo silêncio sobre o caso de estupro envolvendo David Choe, astro de Treta (2023), novo hit da plataforma. O ator de 47 anos admitiu o crime em entrevista realizada em 2014 e que ressurgiu na internet após o sucesso da série.

Em 2014, Choe, um artista visual que era mais conhecido como o muralista que pintou a sede do Facebook nos Estados Unidos em troca de ações no valor de US$ 200 milhões (R$ 994 milhões), era coapresentador de um podcast com a atriz de filmes adultos Asa Akira.

Em um episódio, ele diz que certa vez obrigou uma massagista profissional a fazer sexo oral nele. Durante a conversa, ele se autodenomina um "estuprador bem-sucedido". Em seguida, no entanto, o ator se justifica: "Só quero deixar claro que admito que esse é um comportamento estuprador, mas não sou um estuprador."

O trecho foi divulgado pela primeira vez pela escritora Melissa Stetten no agora extinto site XOJane, e ganhou mais força por meio de um artigo do BuzzFeed, que repercutiu a fala de Choe. Pouco tempo depois, o ator afirmou que sua história sobre a massagista era mentira.

"Em um episódio do podcast de 2014, contei uma história simplesmente para chocar, que fez parecer que eu havia violado sexualmente uma mulher. Embora eu tenha dito essas palavras, não cometi essas ações. Isso não aconteceu. Eu tenho zero histórico de agressão sexual", escreveu o astro de Treta em texto publicado em seu perfil oficial no Instagram, em 2017.

"Lamento profundamente por qualquer mágoa que tenha causado a alguém por meio de minhas palavras anteriores. Sexo não consensual é estupro e nunca é engraçado ou apropriado para piadas", continuou o ator.

Cobrança

Internautas foram às redes sociais cobrar o criador de Beef, Lee Sung Jin, os protagonistas Steven Yeun e Ali Wong, Netflix e a produtora A24 pela decisão de contratar Choe mesmo cientes do caso de estupro de 2014. Até o momento, nenhuma das partes comentou diretamente sobre a situação ou respondeu aos pedidos de comentários de veículos especializados.

Sem dar novas declarações sobre o caso, David Choe está sendo acusado de censurar pessoas que falaram sobre o assunto. Aura Bogado, repórter do Center for Investigative Reporting, e o pesquisador Meecham Whitson Meriweather, revelaram neste domingo (16) que o Twitter deletou suas publicações que exibiam áudios das declarações do ator no podcast.

Sem uma equipe de comunicação, o Twitter não respondeu aos questionamentos feitos pela revista The Hollywood Reporter sobre a suposta censura. Contudo, o banco de dados Lumen, projeto de pesquisa da Universidade de Harvard que coleta avisos de remoção da web, tem registros da Fundação David Young Choe enviando uma reclamação ao Google em 13 de abril pedindo a remoção do episódio do Google Drive e YouTube.

Confira a retratação do ator publicada no Instagram em 2017:


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