Sexta temporada
Imagens: Divulgação/Showtime
A atriz Susan Sarandon em imagem da sexta temporada de Ray Donovan, série do canal HBO
JOÃO DA PAZ
Publicado em 8/11/2018 - 5h15
Sem querer querendo, Susan Sarandon virou a última esperança de Ray Donovan. A atriz veterana de Hollywood, vencedora do Oscar, entrou para o elenco fixo do drama e tirou a série da mesmice ao dar vida a uma personagem que muda a cara da atração. Aos 72 anos, ela esbanja sensualidade e é um elemento novo para salvar Ray Donovan do cancelamento.
A sexta temporada da série estreia nesta sexta (9), às 21h, na HBO. Desde 2013, Ray Donovan anda em círculos. O fixer que dá nome à produção, vivido pelo competente Liev Schreiber, sempre se vê ao lado de uma femme fatale enquanto livra gente famosa das mais absurdas enrascadas. A repetição da fórmula cansa, pois o nosso querido anti-herói já passou por todos os perrengues imagináveis.
No novo ano, Susan entra em cena com mais vigor e refresca o ar da trama. A atriz vive a empresária Samantha Winslow.
Na temporada passada, ela apareceu pouco, como uma chefe de um estúdio hollywoodiano que contratou os serviços de Donovan. Agora, a série se muda de Los Angeles para Nova York, e Samantha vai junto. Ela tem mais interações com o fixer e, de novo, pedirá uma ajudinha ao especialista que faz escândalos desaparecerem.
Samantha exala sensualidade e dá brecha ao telespectador imaginar, inclusive, um romance com Donovan. Sempre com um copo de bebida na mão, a magnata de fala mansa e gestos suaves conquista. Ousada, ela tem uma vida sexual bem ativa.
Liev Schreiber agora tem mais interações com Susan Sarandon em Ray Donovan; você shippa?
Nesta temporada, o império de Samantha expandiu. Ela adquiriu uma tal de FeatureFlix (alô, criatividade?), a maior plataforma de streaming do universo da série, por US$ 75 bilhões. A ambiciosa executiva precisa de um imóvel para fazer dele a sede da empresa sob nova direção. O local escolhido é uma prisão em Nova York.
Mas o atual prefeito da cidade recusa a oferta de Samantha. Em ano de eleição, a empresária investe muito dinheiro para que uma advogada chamada Anita Novak (Lola Glaudini) ganhe o pleito. Entra Donovan, que precisa ajudar Anita a virar a nova prefeita de Nova York. Só assim a prisão será repassada para a magnata.
Mais do mesmo
Os problemas com os parentes de Donovan continuam os mesmos. São os irmãos envolvidos em trapalhadas e o pai malandro, defendido com maestria por Jon Voight, sempre no meio de confusões com a polícia. Essa parte da série vem para preencher os longos episódios de 50 minutos de duração e acaba sendo um mal necessário. Mas causa certa fadiga.
A força de Susan e Schreiber é o que faz Ray Donovan ainda merecer ser vista. Um eventual cancelamento após essa temporada não diminuirá de forma alguma a importância da série, que chegará ao fim apenas porque esgotou as histórias que poderia contar. Se for renovada, Susan merece boa parte do crédito.
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