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TRAGÉDIA

Série da Netflix escancara podridão por trás de incêndio na Boate Kiss

GUILHERME LEPORACE/NETFLIX

Em cena da série Todo Dia a Mesma Noite, Debora Lamm e Thelmo Fernandes estão com cara de choro, usando uma camisa com a foto da filha que morreu no incêndio da boate Kiss

Em série da Netflix, Debora Lamm e Thelmo Fernandes são pais que perderam filha na boate Kiss

CARLA BITTENCOURT, colunista

carla@noticiasdatv.com

Publicado em 20/1/2023 - 6h35

Quase dez anos após o incêndio que matou 242 pessoas na boate Kiss, em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, a Netflix escancara a podridão política por trás da tragédia. Todo Dia a Mesma Noite, nova série brasileira de ficção da plataforma que estreia no dia 25, mostra as circunstâncias que levaram ao incêndio até o início da incansável luta por justiça travada pelas famílias das vítimas, que segue até hoje.

"Essa série é, certamente, das coisas mais tristes que já fiz na vida. Além da tragédia em si, que é algo sobrenatural de horrível, ainda tem a continuação com todos os desdobramentos terríveis: constatação das injustiças, a corrupção, o desleixo das pessoas... Aquilo vai se somando, né?", explica Bianca Byington, que interpreta a mãe de uma das vítimas, ao Notícias da TV.

Todo Dia a Mesma Noite é uma minissérie de ficção inspirada na história real do incêndio na Boate Kiss ocorrido em 2013. No local, uma banda fazia show com artefatos pirotécnicos que, em contato com o isolamento acústico da boate, provocaram incêndio.

O estabelecimento não tinha saídas de emergência suficientes, nem ventilação ou brigada de incêndio. A fumaça tóxica e a confusão para a saída do lugar fizeram com que 242 jovens morressem e 636 ficassem feridos.

Não há cenas, fotos ou depoimentos reais. Baseada no livro Todo Dia a Mesma Noite: A História não Contada da Boate Kiss (2018), da premiada jornalista e escritora Daniela Arbex, a trama revela, em 5 episódios, os bastidores de uma das maiores tragédias do país.

Todo Dia a Mesma Noite

A minissérie, dirigida por Julia Rezende, começa mostrando a vida de alguns jovens que foram à boate naquele 26 de janeiro e sua relação com as famílias. Já no primeiro episódio, o fogo começa a destruir toda a estrutura do local em cenas arrepiantes.

Os familiares indo em busca de notícias e as sequências dos corpos em sacos pretos no ginásio municipal de Santa Maria são de fazer qualquer um se emocionar.

A trama sofre uma reviravolta quando os familiares das vítimas descobrem que o Ministério Público estava protegendo pessoas poderosas. Através de pesquisas e denúncias, os parentes denunciaram o que o MP escondia: que os bombeiros, a prefeitura e até um promotor sabiam que a boate funcionava de forma irregular.

Revoltados, pais botam a boca no trombone e são processados por quem deveria zelar pela justiça do caso. Bianca Byington desabafa:

Essas pessoas poderiam estar deitados na cama chorando eternamente e não. Elas se levantaram para ir em busca de justiça e se deparam com uma realidade muito terrível. Isso é muito melancólico, né? Porque essas pessoas são fortes, elas estão conseguindo se organizar, se cuidar, cuidar umas das outras e a realidade vai e te porradas ao longo de anos.

Além dela, Debora Lamm, Thelmo Fernandes, Paulo Gorgulho, Leonardo Medeiros, Raquel Karro e Bel Kowarick interpretam personagens cujas vidas foram destroçadas pela perda dos filhos.

Já Erom Cordeiro e Laila Zaid dão vida aos policiais responsáveis por investigar o caso, e Flávio Bauraqui é o advogado das famílias. Paola Antonini, Nicolas Vargas, Manu Morelli, Luan Vieira, Miguel Roncato e Sandro Aliprandini interpretam jovens vítimas da tragédia.

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