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AVANÇO

Saiba por que streamings têm mais mulheres protagonistas do que TV convencional

DIVULGAÇÃO/NETFLIX

Brava, Christina Applegate abre uma porta com uma desconfiada Linda Cardellini logo atrás em cena de Disque Amiga para Matar

Christina Applegate e Linda Cardellini em Disque Amiga para Matar, série da Netflix com mulheres no comando

JOÃO DA PAZ

joao@noticiasdatv.com

Publicado em 10/9/2020 - 16h17

Na vanguarda em Hollywood, os streamings fazem história no quesito representatividade. Plataformas como Netflix e Apple TV+ ficam à frente de atrações da TV convencional americana (paga ou aberta) quando o assunto é mulheres protagonistas em séries ou reality show. E há um motivo um tanto quanto elementar para isso ocorrer.

Atrações dos streamings exibidas entre setembro de 2019 e maio deste ano tiveram 42% de mulheres protagonistas, contra 27% da TV paga e 24% dos programas das redes de sinal aberto nos Estados Unidos. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (10) pelo Centro de Estudos da Mulher na TV e no Cinema da Universidade Estadual de San Diego, que levou em consideração 4.200 personagens e artistas.

A regra é clara. Mais mulheres trabalhando atrás das câmeras aumenta o número de atrizes no elenco principal. Em todos os cargos analisados (criação, direção, roteiro, produção-executiva, edição e direção de fotografia), as plataformas bateram recorde de mulheres nessas posições desde que o estudo passou a ser feito, há 23 anos.

Isso levou os streamings a terem uma igualdade na representação dos sexos. Em todos os programas desse nicho que fizeram parte do estudo, 42% tiveram mulheres como protagonistas e outros 42%, homens. O restante (16%) contou com um elenco misto na linha de frente.

De acordo com o estudo, "programas com ao menos uma criadora contratam mais mulheres para funções importantes nos bastidores e apresentam mais atrizes protagonistas do que programas que foram criados só por homens".

Em entrevista para o site da Variety, a doutora Martha Lauzen, diretora-executiva do Centro de Estudos, disse que esse avanço histórico dos streamings faz com que haja "mais histórias narradas pelo ponto de vista feminino". Ela destacou que a chave para isso é justamente a contratação de mulheres para serem roteiristas ou produtora-executivas, por exemplo. 

Enquanto isso, no geral a representatividade da mulher caiu na TV dos EUA. Levando em conta todas as atrações examinadas (streamings, TV paga e aberta), o número de personagens femininas com direito a algum diálogo caiu para 43% (na pesquisa da temporada passada, esse dado era de 45%).

E ainda prevalece a tendência de que a mulher ganhe um "papel mais de orientadora, como mãe ou companheira" do que o homem. No caso, personagens masculinos são retratados em sua maioria dentro do ambiente de trabalho, como um empresário ou pessoa de negócios, que de fato coloca a mão na massa. O mesmo tratamento não é dado para as mulheres.


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