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ALERTA DE SPOILER

Rei de Game of Thrones virou ator após ser rejeitado como jogador de futebol

Divulgação/HBO

Sophie Turner (Sansa), Maisie Williams (Arya), Isaac Hempstead Wright (Bran) e Kit Harington (Jon) no fim de GoT - Divulgação/HBO

Sophie Turner (Sansa), Maisie Williams (Arya), Isaac Hempstead Wright (Bran) e Kit Harington (Jon) no fim de GoT

REDAÇÃO

Publicado em 20/5/2019 - 14h21

[Atenção: este texto contém spoilers do último episódio de Game of Thrones]

Isaac Hempstead Wright, que interpretou Bran Stark em Game of Thrones (2011-2019), terminou o drama de fantasia da HBO como governante dos Sete Reinos (ou seis, já que Sansa ficou com Winterfell). Mas, por muito pouco, o ator de 20 anos quase não teve a chance de fazer a série: ele só virou ator depois de ser rejeitado como jogador de futebol.

"Depois de uma breve tentativa de entrar no time de futebol da minha cidade [Surrey, no Reino Unido], eu troquei meus sábados no campo aberto pelos ambientes fechados e quentinhos do clube de teatro. A ironia é que passei os dez anos seguintes em campos frios e lamacentos", contou o ator ao Hollywood Reporter.

Wright admitiu que não tinha muito futuro com a bola no pé. "Acho que é justo dizer que a Premier League não vai me convocar tão cedo", brincou ele, que decidiu virar ator porque tinha uma imaginação fértil. "Ninguém da minha família atuava. Minha mãe e meu pai são professores, meu padrasto é dono de uma gráfica --não é exatamente o glamour de Hollywood."

Ainda criança, o futuro Bran começou a se destacar no clube de teatro, e começou a fazer testes. "Meus pais não levavam isso muito a sério, e me impuseram um limite: eu só poderia fazer seis audições. A última foi para um projeto da HBO chamado Game of Thrones. Quando fui aprovado, me deram um contrato de 30 páginas no qual eu teria de abrir mão de seis anos da minha vida", lembrou.

Os pais de Isaac Hempstead discutiram muito sobre se permitiriam ou não que o filho assinasse o acordo com o canal pago. "Agora que eu sei da oportunidade extraordinária que tive, fico meio doente de pensar como minha vida seria se eu tivesse recusado. É um daqueles momentos que muda a sua vida toda", disse.

Final polêmico

Apesar de o desfecho de Game of Thrones ter irritado boa parte do público, o intérprete de Bran defende a escolha de seu personagem como rei. "No início, Bran é um deficiente de 10 anos, com poucas chances de sobreviver em um mundo tão duro. Ele nunca vai ser o guerreiro que chega a cavalo e salva o dia, mas ele é resistente. Sobreviveu a mais tentativas de assassinato do que eu consigo contar. Acho um arco incrível vê-lo ir de alguém vulnerável, totalmente dependente dos outros, para o personagem que tem todas as chaves do mundo."

"Bran se tornar o rei é uma vitória para aqueles que são esquecidos, oprimidos, que acabam deixados de lado pela comoção dos que gritam e são mais reacionários. Ele não precisa gritar para ser ouvido, apenas espera sua hora de falar e escolhe suas palavras e ações com muito cuidado. Acho que Bran é um lembrete importante para nós, nessa época em que o sensacionalismo está em alta e qualquer um pode expressar suas opiniões para milhões de pessoas", filosofou.

Sobre os outros desfechos da série, Isaac também defendeu os produtores de GoT. "A inteligência de Thrones é que nada é finalizado de maneira arrumadinha, limpa. Nós somos forçados a refletir sobre como vai ser o futuro desse reino depois de tudo que deu tão errado. Se querem saber como eu me sinto sobre o fim de GoT? 'Me pergunte de novo em dez anos'", encerrou ele, fazendo referência a uma fala de de Tyrion (Peter Dinklage) para Jon Snow (Kit Harington) quando o ex-bastardo questiona se fez a coisa certa ao matar Daenerys (Emilia Clarke).

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