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ELITE

'Rebelde da Netflix' traz glamour, morte e astros de La Casa de Papel

Fotos: Manuel Fernandez-Valdes/Netflix

Os atores Itzan Escamilla, Mina El Hammani e Miguel Herrán em cena do primeiro episódio de Elite - Fotos: Manuel Fernandez-Valdes/Netflix

Os atores Itzan Escamilla, Mina El Hammani e Miguel Herrán em cena do primeiro episódio de Elite

LUCIANO GUARALDO

Publicado em 5/10/2018 - 5h32

Os uniformes escolares parecem saídos diretamente da mexicana Rebelde (2004-2006), o luxo e as intrigas adolescentes são dignos da série Gossip Girl (2007-2012), e as cenas de sexo remetem a uma versão light de Sense8 (2015-2018). Elite, produção espanhola que chega nesta sexta (5) à Netflix, é um caldeirão de referências, com um tempero que dá aquele gostinho extra: três dos atores fizeram o hit La Casa de Papel.

Sim, quem decidir acompanhar a nova série vai ter a sensação de "já vi esse rosto antes". Miguel Herrán (que na série sobre o assalto à Casa da Moeda interpreta Rio), Jaime Lorente (Denver) e María Pedraza (Alison Parker, a filha do embaixador britânico) voltam à tela da plataforma de streaming em papéis de destaque.

Elite se passa no conceituado colégio Las Encinas, escola frequentada pelos jovens mais ricos da Espanha e conhecida por seu alto nível de ensino _os professores e diretores afirmam que ali se formam as mentes que vão mudar o mundo amanhã. A série começa com a chegada de três novatos: o tímido Samuel (Itzan Escamilla), o festeiro Christian (Miguel Herrán) e a palestina Nadia (Mina El Hammani).

Os três ganharam bolsas de estudo para Las Encinas depois que a escola que frequentavam desabou porque a obra foi feita às pressas e com material de qualidade duvidosa. Encarados como estranhos no ninho, eles sofrem para se adaptar _em especial Nadia, que é proibida de usar seu hijab.

Entre os veteranos, o destaque vai para os irmãos Marina (María Pedraza) e Guzmán (Miguel Bernardeau). Os dois são filhos do dono da construtora que fez a escola popular de maneira irresponsável, e a rota de colisão com os novatos é inevitável.

Marina, que não aprova os métodos do pai, acaba se aproximando de Samuel _e, por consequência, do irmão dele, o problemático Nano (Jaime Lorente). Ex-presidiário e com dívidas grandes com gente perigosa, ele vê na ricaça uma chance de arranjar dinheiro fácil. Mas tudo se complica depois que Samuel se apaixona por Marina.

Já Guzmán tem uma relação complicada com a patricinha Lucrecia (Danna Paola, estrela de novelas mexicanas). Acostumada a ser a melhor da sala, ela se sente ameaçada com a chegada da estudiosa Nadia e convence o amante a seduzir a palestina e tirar a virgindade dela para desmoralizá-la diante dos colegas.

Há ainda o casal Clara (Ester Expósito) e Polo (Álvaro Rico), que apesar de jovens já caíram na rotina e veem na chegada de Christian uma oportunidade de apimentar a relação. E o atleta Ander (Aarón Piper), promessa do tênis que esconde um grande segredo da família e dos amigos.

Apesar da grande quantidade de personagens, Elite faz um bom trabalho em apresentar todos eles ao público e, ao longo da temporada, conseguir quebrar alguns dos estereótipos que assumem no início da série. Os vilões têm atitudes que os redimem, os mocinhos fazem coisas que os complicam, e nada é o que parece ser.

Por fim, a primeira temporada ainda tem um grande mistério: a narrativa se alterna entre dois tempos: o primeiro acompanha a chegada dos novatos ao colégio e a difícil adaptação deles; o segundo, quatro meses depois, mostra uma investigação policial sobre um assassinato que aconteceu na escola. Um dos alunos foi morto, e outro é o culpado. Acusações e intrigas dão o tom dos depoimentos.

Elite não tem a pretensão de mudar a forma como se faz dramaturgia nem deve render à Netflix indicações nas grandes premiações. Porém, é uma opção interessante para quem deseja um passatempo sem maior compromisso, com uma narrativa que prende a atenção e boas surpresas em um elenco de jovens revelações. A primeira temporada conta com oito episódios.

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