No Sony Channel
Imagens: Divulgação/ABC
Roselyn Sánchez (ex-Devious Maids) com Demián Bichir na primeira temporada do drama Grand Hotel
JOÃO DA PAZ
Publicado em 7/9/2019 - 5h15
Com um quê de Devious Maids (2013-2018), a série Grand Hotel abusa da breguice, dos diálogos aos romances, e é um prato cheio para fãs de novela: tem playboy bonitão, patricinha romântica apaixonada, gêmeas que se odeiam, mulher que casa com o marido da melhor amiga, irmão em busca da irmã desaparecida... E por aí vai.
Quem apostar em Grand Hotel não morrerá de tédio. Baseada em uma série espanhola chamada de Gran Hotel (2011-2013, disponível na Netflix), a versão americana estreia segunda-feira (9) no Sony Channel, às 21h55, logo após episódio de Good Doctor. A atriz Eva Longoria (Desperate Housewives) atua na série, além de fazer parte da equipe de produtores-executivos.
Grand Hotel é uma série que não gosta de perder tempo. Bem amarrada, as tramas se desenvolvem rapidamente e os grandes segredos dos personagens, ao menos para os telespectadores, são revelados sem demora. O que facilita a experiência ao acompanhar os 13 episódios da primeira temporada, todos em volta do desaparecimento de uma chef.
Ambientada em Miami, quase toda a série se passa no Riviera Grand, hotel onde a dedicada chef Sky Garibaldi (Arielle Kebbel) travalhava antes de desaparecer durante a passagem de um furacão pela cidade. Um mês depois do sumiço, seu irmão, Danny (Lincoln Younes), passa a trabalhar de garçom no hotel. Ele consegue a vaga para investigar de perto o paradeiro da irmã.
Danny é o ponto de partida que leva o telespectador para dentro desse hotel, cheio de segredos. Antes uma parada certa para grandes celebridades, que já teve até Frank Sinatra (1915-1998) cantando durante um mês inteiro por lá, o Riviera agora passa por dificuldades financeiras. E o seu dono, o aparentemente boa-praça Santiago Mendoza (Demián Bichir), quer vender o estabelecimento.
O ator Lincoln Younes vive o garçom Danny em Grand Hotel; investigação para achar a irmã
Há um motivo para os cofres do hotel estarem vazios, e isso pode estar relacionado com o sumiço de Sky. O emaranhado de tramas é desenvolvido com precisão e prende o público, que quer saber as respostas dos questionamentos que a série apresenta. Tudo é espalhado com boas doses de revelação a cada episódio.
Cada personagem que aparece tem uma história curiosa por trás, o que deixa a série mais atraente. Há desde momentos de pura investigação a cenas românticas de aquecer o coração. Como toda boa novela, há uma carga caprichada de momentos constrangedores, armados com eficiência. Isso tudo é feito por diretores e roteiristas com experiência em séries novelescas semelhantes, como Desperate Housewives (2004-2012), Devious Maids e Jane The Virgin (2014-2019).
Sem qualquer pretensão de ser a série sensação do ano ou de arrasar no circuito de premiações, Grand Hotel serve como um divertimento agradável. Como os personagens vivem falando quais serão suas respectivas ações, tudo é muito didático e fácil de entender.
Há ainda lições de vida e moral dignas de nota, como aceitação de homossexuais dentro da família, trabalho na terceira idade e a melhor maneira de lidar com pessoas que têm uma deficiência física.
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