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Uma cresce, outra cai

No duelo dos filhotes com pedigree, Better Call Saul vence Fear The Walking Dead

Imagens: Divulgação/AMC

Bob Odenkirk em Better Call Saul e Frank Dillane em Fear The Walking Dead; ambas as séries são do canal AMC - Imagens: Divulgação/AMC

Bob Odenkirk em Better Call Saul e Frank Dillane em Fear The Walking Dead; ambas as séries são do canal AMC

JOÃO DA PAZ

Publicado em 11/9/2018 - 5h03

Há três anos no ar, os dramas Better Call Saul e Fear The Walking Dead se encontram em caminhos distintos. O primeiro, filhote de Breaking Bad (2008-2013), só melhora a cada episódio e tem na conta três indicações ao Emmy de melhor drama. O segundo, derivado de Walking Dead, patina e perde prestígio e audiência continuamente.

Com a promessa de narrar como os americanos lidaram com os primeiros sinais do vírus zumbi no universo de Walking Dead, em Los Angeles, Fear The Walking Dead chegou com força e terminou o ano de estreia como a oitava série mais vista pelo público adulto (entre 18 e 49 anos) na temporada 2015-2016.

O drama não era tão travado como a série matriz e tinha personagens cativantes e interessantes, como o simpático drogado Nick Clark (Frank Dillane) e sua mãe caridosa, Madison (Kim Dickens). Porém, com o passar do tempo, perdeu a mão e, quando deveria dar uma turbinada na audiência, flopou.

Morgan Jones (Lennie James) largou os amigos de Walking Dead, mas já quer voltar atrás

Foram necessárias três temporadas para que Fear se encontrasse com The Walking Dead. O primeiro crossover ocorreu na estreia da quarta temporada, em abril, com o personagem Morgan Jones (Lennie James) servindo como elo.

Mas ele deu azar de entrar na má fase da série, e o anseio do personagem de voltar a se encontrar com os amigos de Alexandria (a comunidade de Walking Dead) serve como exemplo de que esse casamento entre as produções não deu certo.

O fracasso de Fear na atual quarta temporada é uma tempestade perfeita. Os episódios passaram a ficar mais sombrios, cheios de lenga-lenga, e os grandes trunfos da série deram adeus. Frank Dillane pediu para sair, e Kim Dickens queria ficar, mas foi pega desprevenida ao saber que sua personagem morreria.

Fãs tendem a não reagir bem à saída de atores essenciais de uma série. Os roteiristas e produtores têm de ser muito bons para não perderem público, vide Grey's Anatomy. Não é o caso de Fear. A audiência da quarta temporada caiu 70% em comparação com o ano de estreia, e ela não gera burburinhos como no passado.

It's all good, man
Enquanto isso, Better Call Saul está em franca ascensão. Diferentemente de Fear, a derivada de Breaking Bad só melhora conforme se aproxima do encontro cronológico com a série mãe. Rankeada como o melhor drama da atualidade pela revista TV Guide, está em seu ápice.

Para fugir da sombra de Breaking Bad, Better Call Saul focou mais nos mínimos detalhes de seus personagens do que se concentrou no suspense e na violência da série de Walter White (Bryan Cranston). O público descobre tudo sobre o advogado Jimmy McGill (Bob Odenkirk), inclusive como ele ganhou o nome de Saul Goodman, uma adaptação de "it's all good man" (algo como "está tudo de boa, cara").

O introvertido Mike Ehrmantraut (Jonathan Banks) tem sua origem contada em Better Call Saul

O fã de Breaking Bad também conhece os primeiros passos de outros personagens queridos, como Mike Ehrmantraut (Jonathan Banks) e Gustavo "Gus" Fring (Giancarlo Esposito). E não faltam referências para alegrar o público ligado nesse tipo de conexão entre as produções.

A série acumula 23 indicações ao Emmy, com presença forte nas categorias técnicas que Breaking Bad também disputou em sua época. Embora não some nenhuma vitória ainda, Better Call Saul tem como grande feito concorrer por cada uma das três temporadas já exibidas na categoria melhor drama. A atual, a quarta, buscará um espaço no Emmy do ano que vem.


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