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13 anos no ar

Como Grey's Anatomy sobreviveu à perda de protagonistas e chegou ao episódio 300

Imagens: Divulgação/ABC

Ellen Pompeo na 14ª temporada de Grey's Anatomy; atriz renovou contrato por mais dois anos - Imagens: Divulgação/ABC

Ellen Pompeo na 14ª temporada de Grey's Anatomy; atriz renovou contrato por mais dois anos

JOÃO DA PAZ

Publicado em 18/2/2018 - 5h31

Grey's Anatomy é uma série rara: chega ao episódio 300 mesmo após perder três protagonistas ao longo de 13 anos. A cada despedida, fãs ameaçaram abandonar a trama, mas ela permanece firme e é a terceira maior audiência nos Estados Unidos entre o público adulto. Histórias espelhadas na realidade, romances bem construídos e empoderamento feminino são características que ajudam a explicar a fidelidade dos telespectadores.

O episódio 300 vai ao ar nesta segunda-feira (19), às 21h, no Canal Sony. Um pouco antes, às 20h30, será exibido um especial com bastidores da série e entrevistas com atores. No dia seguinte, as atrações estarão disponíveis no Now, plataforma de vídeo on demand para clientes da Net e da Claro TV.

Criada por Shonda Rhimes, a rainha do drama da TV norte-americana, Grey's Anatomy viu três atores do elenco original darem adeus em 14 temporadas: Katherine Heigl (Izzie), Sandra Oh (Cristina) e Patrick Dempsey (Derek). Todos eles tinham admiradores fervorosos e eram fundamentais na trama. Derek, por exemplo, formava o principal par romântico com Meredith Grey (Ellen Pompeo).

Mesmo com as perdas, a série soube se reinventar e, mais do que isso, se manter relevante com boas histórias a cada episódio. Mérito dos roteiristas.

Refrescante
Uma das forças do drama hospitalar é estar sempre atenta à realidade e adaptar histórias comuns, como fazem as novelas, e assim prender a atenção do telespectador.

Na atual temporada, a cirurgiã Jo Wilson (Camilla Luddington) enfrentará cara a cara seu marido abusivo, o médico Paul Stadler (Matthew Morrison). Mais ou menos como fez O Outro Lado do Paraíso a trama de Gael (Sergio Guizé) e Clara (Bianca Bin).

Jo Wilson (Camilla Luddington) encara Paul Stadler (Matthew Morrison), o marido agressor

Grey's também se mostrou contemporânea ao mergulhar fundo no relacionamento entre duas mulheres, as médicas Arizona Robbins (Jessica Capshaw) e Callie Torres (Sara Ramirez). Elas viveram um intenso romance: se casaram, superaram uma traição (cometida por Arizona) e tiveram uma filha, gerada por Callie.

Nesse caso, o mérito foi inseri-las em um contexto normal, como qualquer casal heterossexual. Isso foi explorado até nos momentos mais dramáticos, quando as duas enfrentaram um divórcio e disputaram a guarda da filha.

Romance é a chave
Assim como no caso Arizona-Callie, os romances de Grey's são bem construídos e causam nos telespectadores aquele sentimento de torcida, de querer que os pares vinguem. A paquera da vez é entre os médicos Jackson Avery (Jesse Williams) e Maggie Pierce (Kelly McCreary). Mas há um tempero novelesco que trava, ao menos por enquanto, o romance: o pai biológico de Maggie é padrasto de Jackson.

Além disso, a série sempre está na vanguarda, aberta à diversidade. Mostra romances inter-raciais (entre uma asiática e um negro, por exemplo) e coloca mulheres em posições de comando: a divertida Miranda Bailey (Chandra Wilson), no elenco desde o início, é a atual chefe de cirurgia do Grey Sloan Memorial Hospital.

Eryn Rae é a Liza no episódio 300; atriz se parece com Katherine Heigl (em destaque), a Izzie

Episódio 300
O episódio marcante de Grey's traz uma curiosidade para os fãs: três pacientes do caso da semana, um acidente ocorrido em uma montanha-russa, são muito parecidos com Izzie, Cristina e Derek, justamente os três protagonistas que deixaram a trama. Eles têm até nomes similares, assim como gestos e outras peculiaridades.

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