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Drama fantasioso

Netflix faz investimento milionário em The Witcher para ter a sua Game of Thrones

Imagens: Divulgação/Netflix

Jodhi May e Henry Cavill travam um duelo com espadas no drama The Witcher, aguardada série da Netflix

Jodhi May e Henry Cavill travam um duelo com espadas no drama The Witcher, aguardada série da Netflix

JOÃO DA PAZ

Publicado em 19/12/2019 - 5h18

De olho no gênero fantasia, que gerou a série mais premiada do Emmy (Game of Thrones) e um dos filmes com mais estatuetas no Oscar (Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei), a Netflix investiu pesado. Para tentar tirar proveito desse nicho, ela estreia nesta sexta-feira (20) a primeira temporada de The Witcher, que custou US$ 80 milhões (R$ 325 milhões).

Esse valor digno de superproduções, com cada episódio saindo por US$ 10 milhões (R$ 40,6 milhões), foi o que a HBO desembolsou para fazer cada capítulo da sexta e  sétima temporadas de GoT.

História conhecida devido a um game homônimo de sucesso, que por sua vez é inspirado em livros do escritor polonês Andrzej Sapkowski, The Witcher é uma cartada da Netflix em duas frentes: conquistar uma audiência global fiel e se dar bem no circuito de premiações, feitos atingidos por Game of Thrones.

Antes mesmo da estreia, a gigante do streaming renovou a série para o segundo ano, tamanha a confiança no projeto. A trama chega encorpada com um ator renomado no papel de protagonista, Henry Cavill (o Superman do cinema), e tem elementos propícios de uma série épica: bruxos, feiticeiros, criaturas sobrenaturais, magias, efeitos especiais, sexo, grandes lutas com espadas...

No centro da história está Geralt de Rivia (Cavill), que é essencialmente um mutante. Ele é um bruxo mercenário superpoderoso, criado para caçar e derrotar monstros em troca de recompensas. No Continente, parte do mundo de Witcher no qual ele vaga junto com sua inseparável égua, os bruxos são vistos de maneira negativa, a ponto de serem apedrejados em público.

A série vai pegar no tranco ao juntar a jornada de Geralt com a da princesa Ciri (Freya Allan), que tem dons mágicos inexplicáveis. Eis então a brecha para intrigas e mistérios que movimentarão os episódios, com uma iminente catástrofe a eclodir, caso o bruxo se recuse a seguir o seu destino.

Henry Cavill, o Superman do cinema, foi escolhido para viver o icônico bruxo Geralt de Rivia


Gênero enfraquecido

Indiscutivelmente, The Witcher nasceu na Netflix para pegar carona em Game of Thrones. Mas emplacar um drama de fantasia na TV não é tão simples assim. A própria HBO e a Amazon fracassaram em suas recentes investidas. 

Em agosto, o streaming Prime Video veio com a pomposa Carnival Row, cheia de elementos fantasiosos do nível de fadas e criaturas mágicas, com um bom tempero de sexo e muita nudez.

Mas o mundo deslumbrante da série não caiu no gosto popular. O streaming até que tentou deixar a série em evidência com inúmeras ações publicitárias, de todos os tipos possíveis, observadas em comerciais da TV aberta a propagandas no metrô de São Paulo. Carnival Row está com uma segunda temporada confirmada.

No dia 4 do mês passado, estreou na HBO a série His Dark Materials, uma coprodução com a britânica BBC. Essa é outra atração de fantasia baseada em livros. No caso, a inspiração vem da obra Fronteiras do Universo. Um dos livros, o primeiro da coleção, já tinha virado um filme flopado: A Bússola de Ouro (2007), com Nicole Kidman e Daniel Craig.

His Dark Materials tem bruxas, religiosos do mal, seitas, outras dimensões, almas de humanos que se manifestam em animais... No quesito audiência, a série não aconteceu, e sua média de telespectadores nos Estados Unidos tem ficado abaixo de meio milhão por episódio.

É nesse ambiente pouco propício que The Witcher chega ao público, para tentar levantar o gênero fantasia, que está enfraquecido desde o fim de Game of Thrones.

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