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Diversidade

Nas novas séries, só dois de cada dez protagonistas são negros

Imagens: Divulgação/CBS

O ator Shemar Moore, ex-Criminal Minds, é o protagonista de nova série policial da rede CBS - Imagens: Divulgação/CBS

O ator Shemar Moore, ex-Criminal Minds, é o protagonista de nova série policial da rede CBS

JOÃO DA PAZ

Publicado em 27/9/2017 - 5h08

Das 40 séries da nova safra da TV aberta norte-americana, apenas oito (20%) têm protagonistas negros. A rede ABC é a que mais abre espaço para essa parcela da população, com quatro produções, e uma delas tem o DNA de Shonda Rhimes (que é negra), criadora de Scandal e Grey’s Anatomy. Do outro lado está a NBC, que passa em branco.

Shonda, rainha do drama na TV, é uma das produtoras-executivas de For the People, trama sobre jovens advogados em Nova York que trabalham em casos federais, seja na defesa ou na acusação. A atriz Jasmin Savoy Brown (a Evangeline de The Leftovers) é uma das protagonistas, na pele da defensora pública (negra) Allison.

Grande aposta da ABC para a temporada, a comédia The Mayor conta como um rapper negro, interpretado por Brandon Micheal Hall, que se torna prefeito de uma cidade no Estado da Califórnia.

Também na ABC, conhecida pela diversidade, o britânico Adewale Akinnuoye-Agbaje (Oz) está em Ten Days in The Valley, sobre a vida conturbada de uma produtora de televisão. E o spin-off de Grey's Anatomy, com foco em uma equipe do corpo de bombeiros, contará com o ator Jason George, que já interpreta o médico Ben Warren.

Sem mulheres
Líder de audiência nos Estados Unidos e casa de Big Bang Theory e NCIS, a rede CBS sofreu duras críticas ao apresentar em maio sua programação. Todas as séries da nova safra têm homens como protagonistas. Deles, só um é negro: Shemar Moore, ex-Criminal Minds, em S.W.A.T., baseada na série homônima dos anos 1970.

Essas são as faces das séries da rede norte-americana CBS: só um negro como protagonista

A emissora mais amigável para mulheres é a nanica The CW. Das quatro novas séries, três têm atrizes protagonistas: Dynasty, Life Sentence e Valor. E a outra produção traz um astro negro. Black Lightning tira das histórias em quadrinhos o super-herói Raio Negro, personagem da DC Comics.

Quem viverá o herói é Cress Williams (Hart of Dixie). Raio Negro foi criado em 1977, durante a era da blaxploitation, movimento de produções cinematográficas feitas por negros e voltadas ao público negro. Ele surgiu cinco anos depois de Luke Cage, da Marvel (que já tem série na Netflix) e 11 anos após a aparição de Pantera Negra, primeiro herói negro das HQs (que ganhará um filme solo em 2018).

A série 9-1-1, da Fox, tem uma mulher negra como protagonista. O produtor Ryan Murphy (Glee, American Crime Story) escalou Angela Bassett para o papel principal da história sobre operadores do serviço de emergência. É a reunião de Bassett com Murphy, que trabalharam juntos em quatro temporadas de American Horror Story. Murphy, só para constar, é branco e gay.

A comédia Ghosted, também da Fox, vem com uma pitada de Arquivo X ao trazer dois homens caçadores de atividades paranormais em Los Angeles; um é cético e outro acredita piamente em extraterrestres e afins. O negro Craig Robinson (The Office, Mr. Robot) é um dos protagonistas, ao lado de Adam Scott (Parks and Recreation, Big Little Lies). É a reunião da dupla após o filme A Ressaca 2 (2015).

Totalmente de fora da inclusão racial, a NBC ao menos apresenta uma série com uma mulher em destaque. Edie Falco, a eterna Carmela de Sopranos (1999-2007), é a protagonista de Law & Order True Crime: The Menendez Murders.

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