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TRAGICOMÉDIA

Mistério e crítica social: Por que The White Lotus virou a série sensação da HBO Max?

DIVULGAÇÃO/HBO MAX

Os atores Alexandra Daddario e Jake Lacy abraçados, sorrindo, com colares havaianos, em cena externa da série The White Lotus

Rachel (Alexandra Daddario) e Shane (Jake Lacy), casal de protagonistas da série The White Lotus, da HBO Max

FERNANDA LOPES

fernanda@noticiasdatv.com

Publicado em 15/8/2021 - 6h20

Ao chegarem no resort The White Lotus, onde se passa a série homônima da HBO Max, os personagens encontram um paraíso, com as riquezas naturais do Havaí e muito luxo. Mas rapidamente a coisa degringola. O sexto e último episódio da atração irá ao ar neste domingo (15) e encerrará a trama que virou sensação no streaming, com mistério, críticas sociais, muita tensão e a sensação contínua de que algo de ruim está prestes a acontecer. 

The White Lotus retrata as férias de vários personagens ricos, brancos e um tanto afetados que vão se hospedar num hotel cinco estrelas no Havaí, Estados Unidos. Eles se conhecem num barco que os leva ao local e não se dão bem logo de cara, mas vão se encontrando ao longo da estadia no resort. 

Shane (Jake Lacy) e Rachel (Alexandra Daddario) são recém-casados em lua de mel. Ele logo se desentende com os funcionários do hotel porque reservou um quarto mais luxuoso do que o que lhe foi oferecido. O ricaço passa horas reclamando por seu direito de ficar na habitação mais cara possível.

Armond (Murray Bartlett), o gerente, logo confidencia a uma funcionária que o segredo é tratar pessoas ricas como crianças mimadas. Shane e Rachel também entram em conflito porque ela sente que precisa trabalhar para não depender exclusivamente do marido, e ele é contra. Acha que a mulher deveria se dar por satisfeita por ter se casado com um milionário. 

Ainda na lista de pessoas mimadas, há Tanya (Jennifer Coolidge), uma mulher melancólica e lunática que vai ao resort para jogar as cinzas de sua mãe no mar. Um tanto depressiva, ela tem uma catarse ao receber massagem de uma funcionária (negra) do spa, Belinda (Natasha Rothwell), e passa a desenvolver uma relação dependente e problemática com a mulher. 

Há ainda a família Mossbacher, formada por uma mãe bem-sucedida como chefe de uma grande empresa, Nicole (Connie Britton); seu marido neurótico e menos importante profissionalmente, Mark (Steve Zahn); a filha adolescente e insuportável deles, Olivia (Sydney Sweeney); a amiga dela, Paula (Brittany O'Grady); e o filho caçula do casal, Quinn (Fred Hechinger), humilhado pela irmã e que não sai do celular. 

A série expõe essas pessoas em suas muitas camadas. Eles não são apenas ricos esnobes; há problemas psicológicos, sociais e familiares que vão se revelando a cada episódio. Os personagens declamam opiniões controversas em relação a gênero, força de trabalho e política --isso quando não demonstram, por suas ações, comportamentos muito difíceis de se defender.

A crítica social à alta sociedade norte-americana é muito bem embalada e sutilmente explorada, o que por vezes cria situações cômicas ao mero telespectador que não pertence a essa casta.

Logo na primeira cena, a atração também dá ao público uma pequena prévia de um mistério: uma dessas pessoas morre durante a estadia no resort. Há então a certeza de que as dinâmicas entre os hóspedes vão ficar cada vez piores e culminar numa tragédia. 

Com ótimas atuações e roteiro bem elaborado, a história é conduzida de maneira a prender o público com sucesso. Bem avaliada pela crítica especializada, The White Lotus já foi renovada para a segunda temporada, que se passará em outro hotel da rede, com novos personagens e histórias. Os cinco primeiros episódios do primeiro ano já estão disponíveis na HBO Max, e o último entrará no catálogo da plataforma neste domingo. 

Confira o trailer de The White Lotus:


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