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BOM DIA, VERÔNICA

Maitê Proença cria fábrica de pessoas perfeitas e supera trauma em série

DIVULGAÇÃO/NETFLIX

A atriz Maitê Proença está em cena de Bom Dia, Verônica como a misteriosa personagem Diana

A atriz Maitê Proença está em cena de Bom Dia, Verônica como a misteriosa personagem Diana

MÁRCIA PEREIRA, colunista

marcia@noticiadastv.com

Publicado em 10/2/2024 - 10h00

Longe da Globo desde 2016, quando fez Liberdade, Liberdade, Maitê Proença poderá ser vista na Netflix, a partir da próxima quarta (14), na terceira e última temporada da série Bom Dia, Verônica. A atriz interpreta a misteriosa Diana, que quer criar uma fábrica de pessoas perfeitas com o filho, Jerônimo (Rodrigo Santoro). Na pele dessa mulher complexa, a intérprete de 66 anos conta que superou um trauma ao voltar a cavalgar por conta do papel. 

"O Zé [José Henrique Fonseca, diretor] perguntou se eu andava a a cavalo. E eu falei: 'Andava, no passado'. Porque eu tive uma queda, eu quebrei cinco vértebras da coluna. Eu não sou paraplégica porque Deus não quis, mas foi quase. E aí, eu peguei bode [de cavalgar]", explica a veterana.

A produção não exigiu que ela subisse no cavalo, mas Maitê achou que as cenas ficariam diferentes se colocassem um dublê no seu lugar. Por isso, ela decidiu fazer um teste. "Eu fui no haras para escolher o cavalo. E eu gostei do cavalo, montei e saí galopando. Fui gostando do cavalo... Pronto, passou o medo (risos)", conta a atriz.

Seu maior encorajador nas aventuras a cavalo foi Rodrigo Santoro. Mas encarar o medo não foi tão simples assim. Em algumas sequências gravadas com ambos em cima de cavalos, um drone enorme os sobrevoava e fazia barulho, o que deixava os animais assustados e nervosos. Uma dessas cenas será vista já na abertura dos novos episódios.

Maitê anda afastada da TV, não só das novelas. Recentemente, ela até foi sondada pela HBO Max para um papel em Dona Beja, remake da trama que ela havia estrelado na Manchete em 1986, mas a negociação não foi adiante. A veterana afirma que, para fazer novos trabalhos, precisa ser seduzida pelo papel ou ter algo desafiador.

Diana tem moral torcida

No caso de Bom Dia, Verônica, o diretor José Henrique Fonseca foi um ímã que atraiu parte do elenco. Rodrigo Santoro só aceitou participar da série graças a ele, e o mesmo ocorreu com Maitê. 

"O Zé é um homem de bom gosto. Ele faz escolhas que protegem você de cair na mesmice. De cair no déjà-vu, de cair naquilo que é repetitivo e cafona. Às vezes, a gente vê uma cena e vê aquele excesso de emoção, porque o melodrama é tão grande... Mas você sai completamente da história para ficar vendo aquele ator querendo ser virtuoso através das lágrimas", comenta.

Ela afirma que, com Fonseca, isso jamais aconteceria. "Ele tem uma medida perfeita, e trabalhar assim dá muita segurança. Além disso, a personagem tem moral torcida, porque nem todo mundo tem as mesmas referências, nem todo mundo tem a mesma criação. De onde ela veio com esse filho que teve quase criança e sem afeto? O que ela conhece como afeto pode ir para lados que a moral convencional não aceita", diz a veterana.

Diana e Jerônimo têm um objetivo comum, que é transformar o mundo com a criação de uma nova humanidade, formada por pessoas perfeitas. "Vão fazer uma fábrica disso. É tudo estranhíssimo", finaliza a atriz, que evita com força dar qualquer spoiler dos três episódios que colocam um ponto-final na saga de Verônica (Tainá Müller).


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