PEGADA DE FOLHETIM
João Raposo/SBT
A nova vilã Naomi (Ana Flávia Cavalcanti) vai infernizar a vida de Joana (Christiana Ubach)
LUCIANO GUARALDO
Publicado em 6/3/2019 - 6h06
O público que sintonizar no SBT na noite desta quarta (6) vai perceber que A Garota da Moto, apesar de ser uma série, está mais novelão do que nunca. A trama, fora do ar desde agosto de 2016, vai abusar da ação e transformará em uma super-heroína a sua protagonista, a motogirl Joana (Christiana Ubach), mas também investirá na comédia, no drama e no romance. Tudo para prender o público acostumado às novelas da emissora.
"É claro que nossa história é um risco, destoa bastante do resto da grade da emissora, esse formato de série diária é uma coisa que não existe no Brasil. Então, nós optamos por um risco mais calculado, e demos um toque quase que de folhetim. É uma decisão intencional, para que A Garota da Moto converse melhor com a programação do SBT", explica João Daniel Tikhomiroff, produtor da série.
Os fãs de ação vão ficar entretidos com as aventuras de Joana, mocinha que não foge da luta e enfrenta quem surgir em seu caminho. Mas quem prefere uma história mais divertida para o fim da noite poderá dar risadas com o núcleo do Botecão, agora gerenciado por Liège (Gilda Nomacce) e Mickey (Fábio Nassar) --para desespero de Reinaldo (Murilo Grossi), ex-dono do bar e pai de Joana.
"Acho que, no meio de tanto drama, você precisa ter um lado mais leve, as brincadeiras, as diversões, é uma forma de sobreviver às batalhas do dia a dia também. Nós já tínhamos isso na primeira temporada, agradou muito ao público, e agora vai ter ainda mais destaque, nas confusões do Botecão, na Motópolis... Acho que tem muito a ver com a nossa série", adianta Tikhomiroff.
Vilões para dar e vender
Enquanto seu pai diverte o público, Joana terá uma fila de inimigos para enfrentar nos novos episódios. Bernarda (Daniela Escobar), a vilã que atormentou a vida da motogirl na primeira temporada, agora está presa, mas conseguirá lançar novos ataques contra a mocinha mesmo atrás das grades.
A malvada vai se associar a Naomi (Ana Flávia Cavalcanti), sua colega de cela que está prestes a sair da cadeia em condicional. A pedido de Bernarda, a novata vai se aproximar de Joana para tornar a vida dela um inferno. Só que nem a grande vilã imagina que a ex-presidiária também tem motivos pessoais para perseguir a motogirl, e poderá trair o voto de confiança da própria parceira para vencer.
Além disso, Joana lidará com o misterioso Alex (Erom Cordeiro), que ao longo da temporada se revelará um stalker. Obsessivo, o sujeito fará de tudo para que Joana e seu filho, Nico (Enzo Barone), passem a pertencer a ele.
"A Bernarda todo mundo já conhece, mas agora temos a Naomi e o Alex, que a Ana Flávia e o Erom estão fazendo superbem, e que representam dois lados bem diferentes da vilania. Ela é mais física, ele é mais psicológico. Isso só ressalta o lado heroico da Joana, mas cria uma tensão durante os episódios. Resumindo, a vida dela vai ser um inferno (risos). Vai ter muitos obstáculos", conta o produtor.
A Garota da Moto é uma coprodução do SBT com a Mixer e vai ao ar de segunda a sexta, às 22h, a partir desta quarta. A segunda temporada conta com 26 episódios. E a equipe não descarta produzir um terceiro ano.
"A princípio, não acaba aqui. Mas depende de tudo, do resultado, da política audiovisual, do canal. Lembrando que são temporadas longas, de 26 episódios, o que não é muito habitual. A tendência é fazer de oito a 13 episódios, então cada temporada nossa praticamente vale por duas, se pensar bem. O canal já sinalizou interesse, 'por que não ter uma terceira?', mas isso vai depender de todas as circunstâncias. Infelizmente, não temos bola de cristal", desconversa Tikhomiroff.
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