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BOA AUDIÊNCIA

Explosivos: Netflix 'trai' criadores de Cobra Kai com fim precoce de série de ação

Divulgação/Netflix

Nick Zano e Shelley Hennig apontam armas em cena da série Explosivos

Nick Zano e Shelley Hennig na primeira (e única) temporada de Explosivos; série teve boa audiência

LUCIANO GUARALDO

luciano@noticiasdatv.com

Publicado em 23/5/2024 - 22h38

O listão de audiência divulgado pela Netflix nesta quinta-feira (23) trouxe uma surpresa para os fãs de Cobra Kai. É que Explosivos (2023), dos mesmos criadores do spin-off de Karatê Kid, foi cancelada após sua única temporada apesar de ter conseguido um bom público no streaming. A atração policial com pegada cômica ficou entre as 20 séries mais vistas da plataforma no segundo semestre --de um total de mais de 6,5 mil.

Segundo os dados da própria Netflix, Explosivos (ou Obliterated, na versão em inglês) foi assistida por 27 milhões de assinantes entre julho e dezembro do ano passado --como a série foi lançada em 30 de novembro, ela só teve um mês para conseguir esse público). Apesar disso, a plataforma confirmou o cancelamento em fevereiro deste ano.

A criação das mentes por trás de Cobra Kai foi a série com mais público a ser cancelada sem um final. Todas as 19 produções acima dela na lista ganharam uma nova temporada ou foram concebidas como série limitada e chegaram ao fim. A relação é liderada por One Piece (71,6 milhões de assinantes), que teve sua renovação anunciada apenas duas semanas depois do lançamento.

Obviamente, muitas séries que tiveram menos público do que Explosivos também ganharam mais episódios --afinal, a Netflix não cancelaria mais de 6 mil séries de uma só vez. Estão na lista da "segunda chance" a norueguesa Ragnarok (23 milhões), o dramalhão Doce Magnólias (20,9 milhões) e a teen Heartstopper (16,5 milhões).

Se o problema não foi audiência, o que motivou o fim precoce de Explosivos? A resposta óbvia é custo. O produtor Hayden Schlossberg, que criou tudo com Jon Hurwitz e Josh Heald, afirmou em entrevista ao Deadline no lançamento da série que a ideia inicial do trio seria fazer um filme, mas que o orçamento elevado por causa das cenas de ação inviabilizaria o projeto.

"A proposta de Explosivos como filme aconteceu antes mesmo de Cobra Kai, mas muitas coisas impediram que ela se concretizasse. Sempre soubemos que seria caro, por causa da ação, e acabou não dando certo. Depois do sucesso de Cobra Kai, começamos a procurar outra coisa para fazer e percebemos que dava para transformar o filme em série, para explorarmos melhor os personagens do que em um longa", disse.

O preço, porém, não é a única preocupação da Netflix, que já investiu milhões de dólares em cada episódio de uma superprodução como The Crown (2016-2023). A relação com Schlossberg, Hurwitz e Heald também foi um fator.

É que os três produtores bateram o pé e decidiram encerrar Cobra Kai na sexta temporada, apesar da boa aceitação da série entre crítica e, principalmente, público --a primeira temporada, por exemplo, foi vista por 6,9 milhões de assinantes no último semestre, mais de cinco anos após seu lançamento.

A Netflix, é claro, gostaria de ter mais episódios --tanto que encomendou um sexto ano mais longo, com 15 capítulos que serão divididos em três partes, mantendo a série no ar até 2025. Mas, no fim das contas, a insistência dos criadores em encerrar sua criação no auge acabou afetando a relação com a plataforma. E Explosivos foi quem pagou o preço.


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