LARISSA GÓES
REPRODUÇÃO/TV GLOBO
Rosalinda (Larissa Góes) em Cine Holliúdy; ela não sentiu presença sobrenatural nos bastidores
Rosalinda vive em pé de guerra com o próprio belzebu interpretado por Alexandre Borges em Cine Holliúdy. Larissa Góes, por outro lado, assegura que não notou qualquer presença sobrenatural por trás das câmeras. Afinal, não há energia negativa que resista às risadas nos bastidores. "Fui pega de surpresa em muitos momentos e tive que manter a concentração ativa o tempo todo [para não rir]", explica a atriz.
"E também não consigo me lembrar de um momento em que tenha presenciado qualquer coisa [sobrenatural], mas sou bem atenta às histórias que me contam sobre essas experiências estranhas que envolvem algum projeto. No teatro, tem o clássico conto do fantasma da bailarina que transita pelos bastidores do palco. Eu me apavoro de me medo", brinca a intérprete, em entrevista ao Notícias da TV.
Larissa também não acredita que o diabo seja tão feio quanto se pinta, já que não vê ninguém que seja tão mau ou tão bom assim:
É curiosa e um tanto inalcançável esta ideia bastante polarizada que se tem de bem e de mal, como se houvesse uma plenitude independente e limpa em ambos os lados. Acho bem arrogante pensarmos que a nossa forma de olhar para o mundo, de traçar nossas escolhas e crenças a partir dos nossos percursos individuais é a correta.
"Mas, adotando um conceito mais tradicional, posso responder que a ideia do diabo para mim flerta com a imagem sádica de um homem branco, rico, que cria e toma para si o direito de determinar o fim de uma vida", ressalva.
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Rosalinda contra o diabo
Larissa deixa claro que o sucesso de Cine Holliúdy não pode ser explicado de uma maneira simplista, como se o "regionalismo" fosse o que tornasse a série tão atrativa para o público. "Rosalinda é carregada de referências que juntam a imagem da cigana, do circo, da dança e ainda tem sua religiosidade aflorada. Será que essas referências se encontram só em uma região?", questiona.
Eu acho que esta é uma forma bem rasa de enxergar as coisas. Existe uma forte tendência preconceituosa que faz as pessoas determinarem que o Nordeste tem uma cor, um jeito de falar, de vestir, uma linguagem específica.
"Eu, vinda de uma cidade específica, de um Estado específico dessa região que é gigante, percebo o quanto as pessoas foram influenciadas e isso as deixa fadadas à ignorância. Elas perdem a possibilidade de experienciar as multiplicidades que há nesta região e nas demais existentes num país tão rico culturalmente quanto o Brasil", finaliza a artista, que é cearense.
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