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Com elenco mirim encantador, O Clube das Babás é série para gente grande ver

IMAGENS: DIVULGAÇÃO/NETFLIX

Em um quarto verde, Shay Rudolph, Sophie Grace, Momona Tamada, Malia Baker e Xochitl Gomez fazem caras e bocas em imagem de O Clube das Babás

Shay Rudolph, Sophie Grace, Momona Tamada, Malia Baker e Xochitl Gomez em O Clube das Babás, da Netflix

JOÃO DA PAZ

Publicado em 17/7/2020 - 6h45

Entre tantas opções sombrias ou repletas de malícia que figuram na lista dos programas mais vistos na Netflix, a doce série O Clube das Babás chama a atenção pela história reconfortante, um sopro de positividade na TV. Composta por um elenco mirim encantador, a atração no estilo Sessão da Tarde é para gente grande ver.

O Clube das Babás adapta personagens retratadas em um obra homônima popular na literatura de língua inglesa, que gerou uma série (da HBO, em 1990) e um filme, lançado em 1995. A versão da Netflix se encaixa perfeitamente nos dias atuais, com um elenco protagonista inclusivo e personagens politizadas, antenadas em temas contemporâneos sem perder a pureza da infância (e sem chatice, registre-se).

Os principais destaques da série, uma mistura de comédia com drama, são as atrizes que estão na linha de frente. Todas defendem seus papéis com grandeza e fazem ganhar corpo a história, sobre um grupo de amigas na tenra adolescência, todas na sétima série no nível escolar, que formam um clube de babás. Elas cuidam dos filhos de adultos que procuram o serviço na cidade fictícia de Stoneybrook.

A líder da turma é Kristy (Sophie Grace), com a habilidade nata de dar ordens. A mais feminista do quinteto, ela não perde a oportunidade de questionar parâmetros antiquados da sociedade (como alianças de noivado) e disparar comentários precisos contra o status quo. A vegetariana Dawn (Xochtil Gomez) também milita, sempre a favor do meio ambiente.

Quieta e criada por um pai viúvo extremamente rígido, Mary Anne (Malia Baker) é a melhor amiga de Kristy e busca uma identidade. Stacey (Shay Rudolph) demonstra ser a mais madura, pois chegou de Nova York para morar em uma cidade pequena. E Claudia (Momona Tamada) é a mais popular delas, com uma veia artística notável.

Esse caldeirão de personalidades tão diferentes dá liga. Os percalços que elas enfrentam são superados pela amizade que formam. Além de parceiras em um negócio, são cúmplices umas das outras. Os dribles nas adversidades e a união que demonstram são lições para o público adulto, que pode e deve refletir sobre uma coisa ou outra que a série narra.

Os personagens mais velhos têm o seu espaço, sempre interagindo bem com o elenco mirim. Alicia Silverstone, a eterna patricinha de Beverly Hills, vive a carinhosa Elizabeth, a mãe de Kristy. Marc Evan Jackson (o antagonista de The Good Place) é o divertido Richard, o pai superprotetor de Mary Anne. Tem ainda Takayo Fischer (Boston Legal) na pele de Mimi, a avó fofa de Claudia.

O núcleo adulto também conta com histórias interessantes, que vão desde namoro na meia-idade até os desafios de um pai que cria uma adolescente sozinho. São elementos que só reforçam a série.

Momona Tamada e Shay Rudolph forma a dupla fashionista de O Clube das Babás, na Netflix


Moda e representatividade

Para uma série com uma embalagem infantojuvenil, O Clube das Babás é mais influente do que a aparência mostra. Sem pregação enfadonha, a atração trata de temas delicados com o cuidado necessário. Um exemplo disso é a defesa que Mary Anne faz ao exigir que médicos tratem pelo gênero feminino uma criança de que ela cuida e que foi parar no hospital; na ficha dela consta o nome masculino.

Estereótipos de raças são desconstruídos em diálogos cirúrgicos, falados por um elenco diverso. Tudo bem inserido ao longo dos dez episódios da primeira temporada, sem perder o sentido da trama que está sendo ali apresentada.

Além de as garotas serem divertidas, duas delas já viraram ícones da moda nas redes sociais. Claudia e Stacey esbanjam luxo e criatividade em seus figurinos, o que levou telespectadores a admirarem a ousadia e o bom gosto das personagens.

Com um pouco de tudo, O Clube das Babás é a recomendação ideal para quem anseia por uma história boa, alegre, emocionante, inspiradora e com charme. Sem apelação ou temas sujos. É como ver um filme clássico da Sessão da Tarde dividido em dez capítulos de pouco mais de 20 minutos cada.

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