Com dois sucessos da Netflix no bolso, atriz revela cobrança do público: 'Novela'

Gabriela Moreyra mais uma vez se surpreendeu com o alcance da série Luz, que segue como uma das produções mais assistidas da Netflix. A atriz, que também esteve no elenco de Olhar Indiscreto, já recebeu mensagens de telespectadores de Argentina, Itália, Estados Unidos e México. Os brasileiros, claro, marcam presença e ainda fazem um pedido a mais. "Dizem: 'E aí, não vai fazer mais novela?'", revela ela, aos risos.

De acordo com a intérprete, o streaming traz a particularidade de dialogar mais especificamente com certos públicos. Luz é um sucesso entre as crianças, e Olhar Indiscreto faz mais a cabeça dos pais.

"Ter a possibilidade de interpretar personagens antagônicas trouxe pessoas de diversas idades, ainda mais em um conteúdo internacional. Aqueles que já me conheciam ficaram felizes em poder rever o meu trabalho. Outros perguntavam sempre quando poderiam ter acesso ao meu trabalho novamente. E claro que, sendo brasileira, recebeu muitas mensagens do tipo: 'E aí, não vai fazer novela?", explica Gabriela, em entrevista ao Notícias da TV.

HORA DA DESPEDIDA

Outlander vai ter 8ª temporada? Série dá notícia boa e ruim aos fãs de Jamie e Claire

REJEITADA?

Senna: Série da Netflix dá episódio inteiro a Xuxa e 2 minutos de tela para Galisteu

"E eu respondo: 'Claro que vou! Uma coisa não impede a outra, certo?", acrescenta a artista, que está afastada dos folhetins desde Salve-se Quem Puder (2021).

O brasileiro e a novela são como arroz e feijão, um não vive sem o outro. A repercussão dos conteúdos é bem diferente, inclusive porque normalmente o folhetim vai ao ar quase imediatamente. As séries são produzidas um ano antes. Então, muitas vezes, as pessoas nem me reconhecem [nas ruas]. No caso das novelas, você está com a cara da personagem.

Avanços

Gabriela, que foi a primeira protagonista negra da Record em Escrava Mãe (2016), vê avanços na indústria do audiovisual. Ela, porém, cobra por mais representatividade atrás das câmeras, em que o acesso ainda é dificultado para profissionais não-brancos.

"Como Juliana [protagonista da novela] pude evoluir profissionalmente e pessoalmente, descobri meus limites e encontrei a minha história. Me reconheci como mulher preta. Foi um momento marcante para mim, que continuo em processo de estudo e evolução como mulher preta, entendo que posso ocupar todos os lugares e espero servir de inspiração de alguma forma para outras meninas", avalia.

Em Luz, a atriz aponta que houve muito cuidado para trazer os povos originários para dentro da tela:

O projeto contou com a participação e consultoria de Lucia Fernanda Jófej Kaingang, existiram seminários, validação de material e a participação de uma antropóloga juntamente ao projeto. Enfim, tudo feito com muito carinho e respeito para retratar de forma mais fidedigna possível a cultura kaingang.