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HELOISA JORGE

Atriz reencontra raízes angolanas em série do Star+: 'Troca sobre identidade'

DIVULGAÇÃO/MARCIA OTTO

Heloisa Jorge está de cabelo solto, maquiada e regata branca

Moira em Sentença, do Prime Video, Heloisa Jorge tem se dedicado a trabalhos no streaming

LUANA BENEDITO

luanab@noticiasdatv.com

Publicado em 27/6/2022 - 6h30

Natural de Lunda do Norte, em Angola, Heloisa Jorge afirma ter tido um reencontro com as raízes do país africano durante as gravações da série How to Be a Carioca, do Star+, com previsão de estreia para 2023. Na produção de Carlos Saldanha, a atriz contracena com dois conterrâneos. "Troca sobre identidade e pertencimento", define ela, que mora no Brasil desde os 12 anos.

A série do diretor dos filmes Era do Gelo (2002) e Rio (2011) retratará um manual de sobrevivência, com muito humor, para estrangeiros no Rio de Janeiro, e conta com nomes como Seu Jorge, Douglas Silva, Débora Nascimento, Malu Mader e Mart'nália.

"How to Be a Carioca me deu muita alegria, porque a personagem me proporcionou um reencontro maravilhoso com as minhas raízes. Contracenei com outros dois atores angolanos que eu admiro e respeito muito, o Licínio Januário e o Lélis Twevekamba. Nós três trocamos muito sobre identidade, pertencimento, imigração, consciência racial, família. Estou muito curiosa pra ver o resultado deste trabalho", conta Heloisa em entrevista ao Notícias da TV

Longe das novelas desde A Dona do Pedaço (2019), a ex-Globo tem se dedicado a diversas produções no streaming. Recentemente, ela estreou a série Sentença, no Prime Video, que aborda temas como racismo e violência policial.

"Fiquei intrigada por essa personagem, porque eu considero a Moira difícil de enquadrar em uma só caixa. É uma mulher supercontraditória, complexa, uma mãe dedicada capaz de fazer tudo pela família. É ambiciosa, vaidosa, sonhadora e muito apaixonada pelo Zeca, interpretado lindamente pelo meu parceiro Rui Ricardo Dias."

"Adoro o fato de ela ser advogada e ter como cliente principal o próprio marido, que ela defende ferozmente. O lado profissional e o pessoal dessa mulher estão sempre em conflito, e esse é um ponto de identificação com os tempos que nós mulheres vivemos nos dias de hoje, independentemente da escolha profissional", acrescenta a artista, que atualmente grava a série Fim, do Globoplay, baseada no livro homônimo  de Fernanda Torres.  

A angolana também aguarda a estreia da segunda temporada de El Presidente, do Prime Video. Por conta da produção de Armando Bo, a atriz confessa ter aberto o horizonte para obras internacionais. "Esse é um projeto que foi muito inspirador pra mim. Precisei estudar a prosódia da língua inglesa, que eu já falo, mas como a personagem tem um cargo diplomático, corri atrás para me aproximar desse universo. Li muito sobre relações internacionais... A Michele Obama foi uma inspiração pra mim", diz. 

"Tive contato com atores de diferentes partes do mundo, o que ampliou muito o meu olhar em relação à minha própria carreira. voltei do Uruguai inquieta e desejando fazer muito mais coisas em outros países para alargar as minhas possibilidades como artista", revela. 

Reprodução/Prime Video

Heloisa em cena como Moira

Heloisa interpreta Moira em Sentença

Streaming como boia de salvação

Para a atriz, a produção cada vez maior do audiovisual no streaming tem sido uma alternativa para a recuperação dos setores cultural e artístico, dois dos mais atingidos na pandemia da Covid-19. 

O mercado de streaming chega como uma boia de salvação para atores e atrizes aqui no Brasil num momento em que a arte e a cultura no nosso país pedem socorro. Essa é a nossa realidade atual. Um estado de alerta sem fim, de insegurança muito grande para a nossa classe que a duras penas lutou para se reinventar e continuar produzindo arte mesmo durante o período mais crítico da pandemia, por exemplo.

Heloisa frisa que foi a arte que trouxe acalento para os brasileiros nos momentos mais difíceis da crise sanitária, com lives nas redes sociais. "Como justamente o setor cultural pode ser sucateado dessa maneira tão absurda, se os artistas prestam um serviço social essencial para esse Brasil desesperançado?", critica. 

Com tantos trabalhos no streaming, ela não descarta voltar para os folhetins. "Como atriz, eu adoro me experimentar em variadas linguagens e fazer novela é um exercício incrível para qualquer ator", finaliza. 


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