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GEYSON LUIZ

Ator de Cangaço Novo foge de casa e reencontra caminho no circo: 'Corda bamba'

REPRODUÇÃO/PRIME VIDEO

O ator Geyson Luiz caracterizado como Pino em cena de Cangaço Novo

Pino (Geyson Luiz) em Cangaço Novo; artista já esperava sucesso de série do Prime Video

DANIEL FARAD

vilela@noticiasdatv.com

Publicado em 30/9/2023 - 14h00

Um dos destaques de Cangaço Novo, Geyson Luiz começou a carreira artística na "corda bamba". O ator fugiu de casa aos 13 anos para driblar a falta de apoio familiar e trabalhar em um circo. O pernambucano posteriormente se juntou à uma companhia de teatro e foi parar em Minas Gerais --chegando a morar na rua durante um tempo.

O intérprete reencontrou o caminho --não só de casa, mas também da própria carreira-- com uma nova oportunidade no circo. Ele passou pelo picadeiro do Le Cirque e também pelo do ator Marcos Frota.

"Tudo soma em nosso amadurecimento como artista. Posso ter cem anos e essa vontade de aprender, conhecer o mundo, se perder para se encontrar, improvisar, conhecer novos caminhos, se equilibrar em uma 'corda bamba'", explica Luiz, em entrevista exclusiva para o Notícias da TV.

"Enfim, a vida e suas curiosidades são fruto dessa sagacidade e da generosidade de partilhar o sentimento mais intenso que a presença possa me retribuir", acrescenta.

DIVULGAÇÃO/DIÓGENES MENDONÇA

O ator Geyson Luiz

Geyson não esconde que já esperava o sucesso de Cangaço Novo desde as primeiras gravações. "É uma história que, mesmo sendo contada no sertão dos dias de hoje, revela um retrato humano que universaliza, chegando a todos uma abordagem honesta com a visceralidade dos fatos", diz.

Ele, porém, se surpreendeu mesmo com as mensagens que recebeu pelas redes sociais:

São mensagens transformadoras, de pessoas que mudaram seus caminhos, e questionamentos com o que a obra tem proporcionado diante da honestidade dos fatos que são discutidos na trama. Também o reconhecimento pela responsabilidade de contar histórias duras, complexas, que são necessárias de serem discutidas com a sociedade.

Luiz também avalia que um dos méritos de Cangaço Novo é furar a bolha que só vê como histórias universais as que se passam no eixo Rio-São Paulo:

São muitas barreiras que nós, artistas das regiões Norte e Nordeste, temos de ultrapassar. Inúmeras dificuldades para conseguir uma oportunidade no mercado e, quando conseguimos, é num lugar marginalizado, submetido a uma justificativa repetitiva.

"Hoje, começamos a enxergar um novo horizonte e acende uma chama forte, potente, em que todo o país com a sua pluralidade artística se sente vivo, em lugares diferentes, novas narrativas e os olhares mais profundos que a nossa história carrega", finaliza.


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