VINÍCIUS DE OLIVEIRA
REPRODUÇÃO/UNIVERSAL
Malaquias (Vinícius de Oliveira) em Unidade Básica; ator se surpreendeu com rumo do personagem
Vinícius de Oliveira brinca que não escondeu o choque ao receber os roteiros da terceira temporada da série Unidade Básica, exibida aos domingos pela Universal TV. O ator descobriu que teria um trabalho bastante difícil pela frente --já que Malaquias representaria os inúmeros "negacionistas" que se multiplicaram durante a crise sanitária.
"Eu me vi interpretando um negacionista, que tem um comportamento completamente diferente do meu. Essa mudança foi muito difícil, porque o Malaquias sempre foi uma pessoa envolvida em inúmeras questões humanitárias", explica o artista, em entrevista exclusiva ao Notícias da TV.
Oliveira ressalta que viu na série a oportunidade de dar um rosto para "heróis invisíveis", justamente os agentes comunitários de saúde. Eles, em inúmeras localidades do país, são responsáveis por fazer com que o SUS (Sistema Universal de Saúde) realmente chegue a quem precisa.
O intérprete acrescenta que já tinha passado por inúmeros desafios nas temporadas anteriores, principalmente pelo fato de a trama abordar assuntos tão delicados. Mas nenhum deles o preparou para tamanha virada.
"Confesso que são situações muito tristes, com perdas, não é fácil representar histórias assim. Ao mesmo tempo, meu personagem representa uma classe fundamental dentro do SUS. E que foi crucial dentro da pandemia. Sem esses agentes, inúmeras comunidades entrariam em colapso", avalia.
"Volta e meia a gente recebe fotos de pessoas dentro das Unidades Básicas assistindo à série. Futuros profissionais começam a se ver ali", complementa.
A produção também mostrou para Oliveira que o SUS vai muito além do que a gente imagina. "Eu conhecia pouco e era daqueles que mais criticava. Mudei completamente de visão. Eu dou vacina para meus filhos, por mais que tenham plano de saúde, em unidades básicas. É um lugar de excelência em atendimento", explica.
Oliveira diz que está sempre aberto a convites para trabalhar na TV, mas gosta mesmo é do trabalho quase artesanal do cinema. Ele foi revelado justamente em um dos filmes brasileiros de maior repercussão internacional, Central do Brasil (1998).
"Apesar de nunca negar [convite para a televisão], nunca foi algo que eu busquei. Foram aparecendo séries, filmes, que foram me interessando. São processos diferentes de uma novela, por exemplo, que ocupa um período muito longo da vida da gente", pondera.
Recentemente, o intérprete ainda teve a chance de escrever uma carta para o seu personagem --Josué-- de Central do Brasil:
Foi uma experiência muito rica, porque quando a gente senta com calma para escrever, é um outro processo. Achei muito rico e valioso, porque faz a gente olhar para dentro e se lembrar de coisas que não estão tão frescas assim na memória.
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