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Entre Estranhos: Série demora para engatar, mas conquista com intensidade

Divulgação/Apple TV+

Tom Holland como Danny Sullivan em Entre Estranhos

Tom Holland como Danny Sullivan em Entre Estranhos; série estreia nesta sexta (9) no Apple TV+

Nesta sexta (9), chega ao Apple TV+ os três primeiros episódios de Entre Estranhos, minissérie protagonizada e produzida por Tom Holland. Misteriosa, a atração pode parecer um tanto quanto arrastada, mas consegue apresentar um suspense misturado com uma dramaticidade intensa assim que engata. 

A história começa no meio de uma praça lotada no famoso Rockefeller Center, em Nova York, em 1979. Dois jovens estão envolvidos em um tiroteio e, entre eles, está Danny Sullivan (Holland). Depois de ser pego pela polícia, ele passa a ser investigado por Rya Goodwin (Amanda Seyfried), que tenta mergulhar cada vez mais nos motivos que levaram o jovem a estar armado na praça naquele dia.

Apesar de ser baseada em um livro de mesmo nome, a série certamente se torna uma experiência muito melhor se o espectador não souber nada sobre a história. Diversos mistérios são desenrolados ao longo de dez episódios de quase uma hora cada, e dar uma chance à produção sem procurar detalhes acaba tornando tudo mais interessante.

Ainda que o mistério pareça um pouco óbvio em certos momentos, algumas nuances são bem trabalhadas pela série, o que faz valer as quase dez horas em que o público é apresentado à história de Danny. É preciso, porém, ser paciente, já que Entre Estranhos demora um pouco para pegar no ritmo.

No passo a passo do mistério, Danny não parece ser um narrador extremamente confiável. Como recurso, Entre Estranhos tira o espectador constantemente dos flashbacks do jovem de maneira repentina, que chega até a ser brusca, para colocar a investigadora questionando a verdade sobre os fatos que ele apresenta. 

Nisso, inclusive, vale um destaque para a atuação de Tom Holland, que prova sua versatilidade em um papel mais dramático e intenso do que os últimos que tem vivido nos cinemas. O ator definitivamente se afasta da jovialidade mais divertida que incorporou em outros personagens, como o próprio Homem-Aranha.

Entre Estranhos talvez não precisasse de dez episódios, já que a narrativa acaba parecendo até alongada demais para o tempo da série, que a faz cair em um marasmo em certos momentos. Mas, de pouco em pouco, é possível compreender os motivos pelos quais a narrativa foi construída dessa forma.

Quando todas as peças se encaixam e tudo faz sentido, o espectador se depara com reviravoltas surpreendentes, que certamente o fará querer voltar e assistir à série novamente com todas as informações em mãos. 


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