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BOTCHED

Reality que corrige plásticas ruins encara 'casos perdidos' do passado em nova fase

Casey Durkin/E! Entertainment

Terry Dubrow segura próteses de silicone em frente aos peitorais de Paul Nassif, que sorri, em cena do reality Botched

Os cirurgiões Paul Nassif (à esq.) e Terry Dubrow brincam com próteses de silicone em Botched

LUCIANO GUARALDO

luciano@noticiasdatv.com

Publicado em 25/9/2023 - 6h20

Lançado em 2014, o reality show Botched chamou a atenção do público ao mostrar os cirurgiões Terry Dubrow e Paul Nassif tentando consertar plásticas malfeitas por outros profissionais --até a modelo brasileira Liziane Gutierrez já participou da atração. Na oitava temporada, que estreia nesta segunda-feira (25), os médicos revisitam casos que haviam recusado no passado e decidem encará-los --o que aumenta o clima de tensão.

"Ao longo de sete temporadas, formamos um grupo de pacientes para os quais falamos 'não', porque achávamos que não havia esperança para eles, que os riscos eram altos demais. E agora, nos sentimos prontos para ir atrás desse grupo. É por isso que esse ano é mais difícil, mais arriscado e muito mais interessante", promete Dubrow ao Notícias da TV.

Por que a equipe médica se sentiu preparada para encarar esses "casos perdidos" agora? "Bem, a Medicina é algo que se pratica. E, como tudo que se pratica, quanto mais você faz uma coisa, melhor vai ficando naquilo. Se você pratica tênis o tempo todo, se torna um bom jogador de tênis. Se você faz jornalismo todos os dias, vai ser um bom jornalista. Cirurgiões não conseguem fazer muitas plásticas de correção, porque elas são pouco frequentes. Mas nós passamos sete temporadas fazendo isso no Botched, então agora nos sentimos mais confiantes", justifica.

Nem tudo em Botched se resume à mesa de cirurgia, no entanto. Alguns dos melhores momentos do reality mostram os bastidores, a vida dos médicos quando não estão operando. "A temporada tem bastante humor. Muitas coisas divertidas e engraçadas acontecem. E também traz muita esperança, são episódios com coração. É a nossa melhor temporada, com certeza."

Terry Dubrow ainda aponta à reportagem que, apesar de o reality ter escancarado os problemas de quem se sujeita à faca com profissionais pouco qualificados, ainda há muitos charlatões operando por aí. "Um médico que era anestesiologista na semana passada começa se definir como um cirurgião plástico só porque fez um curso no fim de semana", exagera. 

Outro problema, de acordo com o médico, veio com a geração de Kardashians e Anitta, que não negam suas intervenções estéticas. "Antigamente, as pessoas faziam plásticas mas não contavam, era algo sigiloso. Agora, até as celebridades falam abertamente, então é algo muito mais aceito. O problema é que damos nomes fofos para os procedimentos, 'vou só dar um tapinha no visual', 'é só uma levantadinha nos seios'. Fica parecendo algo trivial, como fazer as unhas, mas é uma cirurgia tão perigosa quanto qualquer outra", alerta.

Aí você tem um mercado que cresce rapidamente, com cirurgiões que não têm prática, pessoas que acham que a plástica não é nada demais, redes sociais com seus filtros e ideais inalcançáveis. A soma de tudo isso é uma tempestade, é algo muito preocupante, que tem consequências sérias.

A oitava temporada de Botched estreia no Brasil nesta segunda-feira (25), às 20h30, no canal E!. Novos episódios serão exibidos semanalmente, sempre no mesmo horário.


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