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ANTONIO CALLONI

Xingado, vilão de Justiça diz que político amoral merece ser presidente

Ellen Soares/Gshow

O ator Antonio Calloni em cena como Antenor, grande vilão da minissérie Justiça, da Globo - Ellen Soares/Gshow

O ator Antonio Calloni em cena como Antenor, grande vilão da minissérie Justiça, da Globo

FERNANDA LOPES

Publicado em 16/9/2016 - 5h12

Intérprete do empresário e político Antenor na minissérie Justiça, o ator Antonio Calloni, 54 anos, acredita que seu personagem é uma reprodução fiel da realidade brasileira. O vilão cometeu diversos crimes e está na mira de Maurício (Cauã Reymond), que quer se vingar pela morte de sua mulher, atropelada por Antenor. Mas, se dependesse de Calloni, o desfecho do político seria muito mais leve e condescendente: "Seria eleito presidente da República em 2018 (muitos risos)".

"É um personagem que não tem conflitos e que é completamente amoral. Não gosta de ninguém e ninguém gosta dele. Ele quer luxo, poder, uma esposa laranja e uma garotinha profissional para relaxar. Um personagem reto. Dificílimo. Acho que conhecemos alguns políticos assim...", completa o ator, irônico.

Antenor não é o primeiro vilão da carreira de Calloni, que também já interpretou antagonistas em novelas como Além do Horizonte (2013) e Caminho das Índias (2009). Mesmo assim, o ator sente que nunca foi tão assediado nas redes sociais quanto é hoje. Os fãs não perdoam as maldades de Antenor e não economizam nas ofensas ao personagem.

"A repercussão é numerosa! Recebo muitos elogios ao meu trabalho nas ruas, mas nossa época está radicalmente virtual. Os xingamentos são sempre muito bem-vindos, o Antenor merece. Felizmente, as ofensas, principalmente pelas redes sociais, são só para ele [e não para mim]", se diverte.

Estevam Avellar/TV Globo

Antenor (Antonio Calloni) se envolve com prostituta menor de idade na trama de Justiça

Calloni procura levar no bom humor as falcatruas e crimes de seu vilão. Ele gravou diversos takes da cena em que Antenor atropela Beatriz (Marjorie Estiano) e brinca: "Atropelei a Marjorie umas oito vezes. Vou ganhar o prêmio de melhor atropelador de Marjories Estianos de 2016". Ainda assim, sabe que os assuntos que seu núcleo de Justiça aborda são sérios: corrupção, envolvimento com prostituta menor de idade, omissão de socorro e eutanásia. Sem hesitar, o ator deixa bem clara sua opinião sobre o último tema:

"Se esconder atrás de palavras de ordem não resolve o problema. Ser protegido covardemente por grupos fundamentalistas também não. No caso do Antenor, ele fugiu acovardado, não tinha noção das consequências. Sou favorável à eutanásia porque amo a vida e acho que ela tem que ser comungada plenamente. É um debate difícil que merece mais atenção", afirma.

Justiça é o primeiro trabalho de Calloni na Globo desde 2013, quando chegou ao fim a novela Além do Horizonte. Mas ele explica que não ficou parado durante os últimos anos. Entre o fim de 2014 e o início de 2015, gravou a minissérie Dois Irmãos, baseada no livro homônimo de Milton Hatoum e dirigida por Luiz Fernando Carvalho. Calloni interpreta o pai dos gêmeos protagonistas e caracteriza o personagem como "amoroso, violento, romântico, vigoroso e de uma humanidade emocionante".

Enquanto a trama não estreia (a previsão é para o início de 2017), ele se divide entre Justiça e a nova obra literária que pretende lançar. Autor de nove livros, ele promete: "Talvez no ano que vem eu lance um romance em duas partes chamado O Filho da Noite".


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